Rio - Nos anos 70 e 80, ele era o grande herói da guitarra, ao lado do popstar Sting no grupo The Police. Hoje, Andy Summers virou figurinha fácil no país, quase um ‘Garoto de Ipanema’. “Fico honrado que pensem isso de mim. O Rio é, de fato, a minha segunda casa, onde sempre fui muito bem recebido”, elogia o guitarrista.
Amanhã e quarta-feira (dias 11 e 12), o legendário músico inglês volta aos palcos brasileiros, desta vez ao lado do ícone da Bossa Nova Roberto Menescal (com quem já gravou um DVD) e do baixista do Barão Vermelho, Rodrigo Santos, para apresentações no projeto ‘Inusitado’, na Cidade das Artes, na Barra. “Cresci na orla da Inglaterra e sempre fui atraído pela vida na praia. Hoje, moro em Los Angeles, minha casa é bem perto da praia e meu estúdio é lá também. Eu nado todo dia, mas gostaria de vir morar definitivamente no Brasil. O sol aqui é mais forte. Já conheci várias cidades brasileiras, como Belo Horizonte, Salvador ou Florianópolis, mas não há nada como o Rio. Quem sabe um dia não venho para sempre?”, considera.
A nova passagem por terras brasileiras segue: no dia 17, Summers se apresenta novamente por aqui, apenas com Rodrigo Santos, no Teatro Oi Casagrande, no Leblon. “Gostaria de fazer um novo projeto ao lado de músicos brasileiros. Quem sabe no ano que vem?”, deixa no ar.
Ele já lançou discos ao lado de Menescal, Fernanda Takai (do Pato Fu) e do guitarrista Victor Biglione, além de dividir composições no mais recente CD de Rodrigo Santos. “Serão os primeiros shows do Andy aqui tocando o gênero musical que o consagrou, o rock”, ressalta Rodrigo Santos. “Os outros trabalhos dele com brasileiros sempre foram mais focados em outros estilos, como o jazz ou a bossa nova. Este nosso show, dividido em clássicos do The Police e do Barão Vermelho, será o primeiro dele tocando rock por aqui, sem ser com o Police.”
Não é porque despontou no cenário mundial como roqueiro que Andy Summers não seja bom tocando outros sons, como o nosso samba, por exemplo. “Ele é carioca, basta ver o jeitinho dele tocar”, elogia Roberto Menescal, brincando com o título de um dos clássicos da Bossa Nova. “Ele sente a bossa nova de maneira diferente, meio americanizada. Porque tem outras influências, além das nossas, Andy pode até conseguir tocar melhor que os brasileiros.”