Por daniela.lima

Rio - Todos os 21 álbuns de Djavan já tinham sido lançados em CD. Só que os discos dos anos 1970 e 1980 até então nunca tinham recebido tratamento de som compatível com a tecnologia digital. Esse é o grande ganho das reedições da caixa ‘Djavan’, lançada este mês com produção do próprio cantor e compositor. 

Djavan lança caixa com reedições de 18 álbuns%2C duas coletâneas e libreto com letras de todas as músicas e com as fichas técnicas dos discosDivulgação / Leo Aversa


Feitas por André Dias, de março de 2013 a agosto deste ano, a restauração e remasterização dos ‘tapes’ resultaram em reedições de som primoroso. Se você já tem a discografia de Djavan em CD, vale a pena comprar a caixa pela qualidade técnica do som e pelo cuidado com que o artista revisou (e aprimorou, em alguns casos) as fichas técnicas dos 18 álbuns embalados na caixa (os três últimos foram excluídos do projeto por serem excessivamente recentes). O libreto encartado na caixa traz todas as informações sobre os discos, com textos do jornalista Hugo Sukman sobre cada título.

Em contrapartida, a caixa ‘Djavan’ peca em quesito fundamental para colecionadores de discos: a preservação da arte gráfica integral dos álbuns originais. Como os álbuns foram reembalados em miniaturas de capas simples de LPs, os álbuns de capas originalmente duplas, como ‘Seduzir’ (1981) e ‘Meu lado’ (1986), voltam ao catálogo sem fotos presentes no projeto gráfico original (a arte do libreto é padronizada).

Perdas gráficas à parte, a caixa é bela oportunidade de reavaliar obra de assinatura pessoal e intransferível (em que pesem os imitadores) no universo da MPB. A seleção abrange o período que vai de 1976, ano do seminal ‘A voz, o violão, a música de Djavan’, até 2010. Detalhe: há títulos com faixas remixadas. E um dos álbuns, ‘Matizes’ (2007), foi inteiramente remixado.

Duas coletâneas completam a caixa. Uma traz gravações avulsas. Outra reúne faixas em espanhol e inglês. Tudo azulzinho. Ou quase...

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