Por clarissa.sardenberg
Rio - Na terceira edição do ‘The Voice Brasil’, as vozes cantaram e encantaram, a emoção rolou solta em cada apresentação e os duelos foram de arrepiar. E eis que chegou o dia da batalha final, que vale um presentão de Natal, ou, mais precisamente, um prêmio no valor de R$ 500 mil, além da gravação de um CD lançado pela Universal Music. A dupla Danilo Reis e Rafael, Kim Lírio, Lui Medeiros e Romero Ribeiro estão no páreo. Com estilos distintos, os finalistas do programa apresentado por Tiago Leifert entram hoje à noite nesse ringue musical, aparentemente, em igualdade de condições.
“Já me sinto um vencedor estando entre esses quatro amigos, esses quatro talentos. É difícil falar em favorito com uma final tão diversificada”, diz o roqueiro Kim, que não levava fé que iria tão longe. “Eu achava que no ‘The Voice’ era tudo premeditado, que já se sabia desde o início quem seria o vencedor. Só me inscrevi nos 45 do segundo tempo e porque não tinha nada a perder. Mas o programa é sério, deu tudo certo e, quando entrei, quis ficar. E agora quero ganhar”, frisa o gaúcho, que integra a equipe de Daniel.
Representante de um gênero que já teve mais visibilidade no país, Kim, de 23 anos, acredita viver um momento histórico. “Estou fazendo parte desta nova era do rock no Brasil”, diz o cantor que, independentemente do resultado, tem planos de lançar um CD em 2015.
'Já me sinto um vencedor'%2C diz Kim Lírio Divulgação

Aos 26 anos, Lui Medeiros é um misto de ansiedade e tranquilidade para a final do ‘The Voice’. “É um momento mágico cantar no dia de Natal, no palco desse programa tão especial. Estou nervoso e, ao mesmo tempo, calmo. A minha maior preocupação é fazer uma boa apresentação. Eu quero ganhar, óbvio, mas, se não der para mim, torço pela dupla Danilo Reis e Rafael. Sou fã deles tanto no lado pessoal quanto no profissional”, conta o representante da música romântica.

A participação no programa já rendeu boas propostas para o carioca, que não esquece os antigos parceiros profissionais. “O meu cachê melhorou, mas fiz questão de cantar pelo mesmo valor nos lugares que me apresentava antes do ‘The Voice’. É claro que vou fazer shows com mais estrutura, mas preciso apoiar quem me dava oportunidade antes do programa”, comenta. Os bons ventos não param de soprar e são muito bem-vindos. “Mudou tudo na minha vida, passei a receber um carinho enorme das pessoas. Espero um 2015 show de bola, com direito a gravar meu CD. Sempre quis ser cantor, sempre pedi a Deus para seguir esse caminho. Nasci para cantar”, afirma Lui, do time da Claudia Leitte.

'O que vier agora é lucro%2C mas é claro que uma vitória agregaria à nossa carreira'%2C entrega Danilo ReisDivulgação

Soltar a voz no dia 25 de dezembro tem um significado todo especial para Romero Ribeiro. “Quero através da música levar uma mensagem de alegria, paz e união para todos que estiverem em casa nos assistindo no dia do nascimento de Jesus. Se vou sair vitorioso ou não, Deus é quem sabe. É Ele quem está no comando. Mas, como eu fiz aniversário dia 22, se eu ganhar, esse vai ser o presente mais importante das minhas três décadas de vida”, analisa o sambista, que se define como uma pessoa de “muita fé”. O carioca Romero, que vive há 12 anos em Cascavel (Ceará), acredita que não existe um franco favorito na noite de hoje, mas acha que dois gêneros podem levar uma certa vantagem. “A tradição sertaneja é muito bonita, muito forte, assim como a do samba. São estilos musicais que entram em todas as casas. Essa final do ‘The Voice’ é muito bonita por reunir rock pop, romântico, sertanejo e o samba”, analisa.

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Já o mineiro Danilo Reis não vê a dupla que forma com o conterrâneo Rafael como favorita. Muito pelo contrário. “Nós achávamos que íamos nos apresentar uma vez só. A gente já se considera campeão por estar na final. O que vier agora é lucro, mas é claro que uma vitória agregaria valor à nossa carreira. Vencer o ‘The Voice’, sem dúvida alguma, seria uma honra”, observa. Um prêmio, Danilo garante que já ganhou. “Cada abraço, cada pedido de foto, é uma alegria imensa. A gente sempre quis esse reconhecimento do público, mas quando esse momento chega é inacreditável. Estamos vivendo um sonho porque agora já conseguimos viver de música”, confidencia Danilo, que trabalhava como cabeleireiro, enquanto Rafael dava expediente em uma lanchonete.