Por daniela.lima

Rio - O Rio de Janeiro deve ao artista plástico francês Jean Baptiste Debret uma parte considerável do registro de sua própria identidade. O pintor viveu na cidade entre 1816 e 1831 e, durante esses 15 anos, acompanhou e registrou, por meio de suas aquarelas, algumas das principais transformações pelas quais passava a sociedade brasileira — a maioria provocada pela chegada da família real portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808. 

Durante pouco mais de 15 anos%2C o pintor francês retratou as paisagens e também a vida diária da cidadeDivulgação


A partir de hoje, 120 obras originais do artista — todas pertencentes ao Museu Castro Maya — estarão em exposição no Centro Cultural Correios. Os trabalhos formam a mostra ‘O Rio Retratado por Debret’, que permanecerá na instituição até o próximo dia 3 de maio.

“Debret foi, por um lado, testemunha de momentos decisivos e de atos governamentais que mudaram a feição política, social e cultural do país e, por outro, integrante da vida cotidiana do Rio de Janeiro”, explica a curadora da exposição, Anna Paola Baptista.

O pintor chegou ao Brasil em 1816 acompanhado de outros artistas franceses — no movimento que ficou conhecido como Missão Artística Francesa. Sua principal missão era fundar a Academia Imperial de Belas Artes, cujo objetivo era promover o ensino das artes e ofícios no Brasil. Em pouco tempo, ele passou a exercer a função de pintor da Corte, praticando, além da pintura de cavalete, ornamentações variadas para festejos e cenários. A fundação da Academia, bem como o encargo de professor de pintura histórica, só viria dez anos mais tarde, em novembro de 1826.

Até esse período, Debret trabalhou, quase que de forma diária, na pintura das aquarelas que retratavam o cotidiano carioca daquele período.

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