Por daniela.lima

Rio - Gerações cresceram ouvindo a história de redenção da jovem órfã explorada pela madrasta. Eternizada pela animação da Disney, em 1950, ‘Cinderela’ volta ao cinema 65 anos depois não como desenho, mas atualizada na pele de atores de carne e osso. E a nova versão, de Kenneth Branagh — que mostra-se fiel à trama conhecida — surpreende pelo fato de não decepcionar os fãs antigos do conto de fadas e, ao mesmo tempo, trazer um frescor estético. 

Lily James na pele da Gata Borralheira%2C em nova versão de ‘Cinderela’Divulgação


As primeiras cenas mostram a jovem Ella (Lily James) crescendo rodeada de amor de seus pais (Hayley Atwell e Ben Chaplin). Após a morte de sua mulher, o luto invade o coração do pai de Ella. Na esperança de dias mais felizes, ele se casa com a viúva Lady Tremaine (Cate Blanchett), que se muda junto às duas filhas (Holliday Grainger e Sophie McShera) para morar com ele.

Mesmo rejeitada pela nova parte da família, Ella mostra-se fiel à promessa feita no leito de morte da mãe. A jovem deve ter coragem e ser gentil acima de tudo. Dessa forma, com a morte repentina do pai, Ella está fadada a engolir sapos e ser humilhada, sempre com um sorriso no rosto.

Até que, um dia, todas as donzelas do reino são convidadas ao baile em que o príncipe (Richard Madden) escolherá sua mulher. A única proibida de ir à festa é a órfã. Mas, com a ajuda de sua fada-madrinha, consegue driblar a madrasta.

A história de ‘Cinderela’ é mais antiga do que muitos imaginam. Criada por Charles Perrault em 1697, tornou-se a 12ª animação da Disney. Agora, mais uma vez o estúdio é bem-sucedido em contar a história em questão. O que surpreende é a mensagem conservadora das entrelinhas do conto ser sustentada até hoje. “Ser gentil e ter coragem” nada mais é do que: se você tiver forças para permanecer submissa, um dia pode descobrir a felicidade. Afinal, é Cinderela que as mulheres atuais desejam ser?

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