Rio - Marizete, a mocinha de ‘I Love Paraisópolis’, vivida por Bruna Marquezine, não é só uma menina da comunidade que sonha viver sua história de amor com Benjamin (Maurício Destri). A moça também sabe se defender quando é preciso. Para dar vida à personagem, Bruna Marquezine fez aulas de krav magá (em hebraico, combate de contato), técnica que tem como objetivo ensinar movimentos de defesa pessoal.
“A grande diferença do krav magá para as outras atividades é que essa é uma luta conhecida mundialmente para proteção. Não existe competição com o krav magá. Os movimentos são simples, fáceis e objetivos”, explica Claudio Oliveira, mestre de krav magá há 25 anos.
Criada em Israel, na década de 1940, o krav magá ainda é pouco conhecido no Brasil, mas os adeptos já sentem a diferença no corpo. “Quando você faz uma atividade como essa, cria maneiras de se proteger em diferentes situações da vida. A gente costuma dizer que o mais fraco fica em condições de lutar com o mais forte. E a aula mexe com o corpo inteiro. Melhora a condição física, o equilíbrio, a força, o tônus muscular etc. O emagrecimento vem como resultado. Em um treino de uma hora, você consegue perder até 700 calorias”, conta Claudio.
Quem está adorando a novidade é MC Bruninha. Com shows marcados e prestes a gravar o clipe da música ‘Recalcando’, a moça está lutando contra o tempo para emagrecer cinco quilos. “Eu já faço academia há um tempo. Quando eu vi a Bruna Marquezine lutando na novela, fiquei interessada. É bom fazer algo que me ajude a modelar mais o corpo e, de quebra, me deixe mais segura”, diz a jovem de 22 anos, que lembra: “Quando eu tinha 15 anos, eu fui assaltada. Foi horrível. Levaram só o meu celular, mas você se sente exposta e muito vulnerável. Não estou dizendo que é para as pessoas reagirem a assaltos. Mas no caso de um estupro, por exemplo, saber se defender é muito importante.”
Disponível para todas as idades, o krav magá ensina a atingir os pontos sensíveis do corpo do adversário. “Olhos, joelho, garganta e região genital são as áreas mais visadas na defesa pessoal. Isso porque elas não são protegidas por músculos. Então, são mais frágeis”, explica Claudio. O profissional garante que “todo mundo, de qualquer idade, pode participar”. “Mas é importante procurar um profissional referenciado para ensinar a técnica. Do contrário, os acidentes serão inevitáveis”, avisa ele.
