Rio - A pedido dos leitores, em apenas quatro semanas de vida a coluna cresceu. E vai crescer ainda mais. Para celebrar, vamos de feijoada, que hoje é dia dela. Outro dia li que agora existe a “feijoada nobre”, só com paio, lombo, costela e carne-seca. Uma ofensa a um dos pratos mais tradicionais do Rio de Janeiro.
Feijoada de verdade, meus caros, precisa do pé, orelha e, sobretudo rabo, que é o que dá a magia ao prato. Além de uma ambulância na porta, afinal, a boa feijuca não é iguaria para comer com moderação. Mas onde encontramos uma caprichada nessa Cidade Maravilhosa? Ora, meus caros. Basta ir à Tijuca, no pequeno gigante Bar do Momo, cuja fama chegou à Zona Sul graças do bolinho de arroz e um hambúrguer de fazer inveja em novaiorquino.
Pois é ali, justamente naquele pé-sujo tijucano, que a feijoada reina às sextas-feiras, como o diabo gosta. O Momo, comandado pelo vascaíno e mangueirense Toninho, tem apenas um inconveniente: não dá vontade de sair. A recomendação do colunista aqui é, como sempre, ir com sede. Se não, melhor nem ir. E de preferência com fome, porque naquela birosca tudo é servido com amor, bom humor e sem pressa.
COM CACHAÇA é que se come feijoada. E no Momo a seleção de uca foi feita por Dirley Fernandes, cachaceiro profissional e colunista do DIA. O bar fica na Rua General Espírito Santo Cardoso, 50, Tijuca. Esquina com Rua Uruguai. Não aceita cartão. Só dinheiro, caô e fiado.