Por karilayn.areias
Rio - Sai o tradicional ‘quem matou?’, entra o inédito ‘quem é o pai?’. Em comum, a missão de atiçar a curiosidade do público para turbinar a audiência. Depois de patinar no ibope e sofrer sucessivas derrotas para a recém-terminada ‘Os Dez Mandamentos’, da Record, ‘A Regra do Jogo’ reagiu e tem alcançado a média de 30 pontos tanto no Rio quanto em São Paulo ao apostar no mistério em torno da identidade do ‘pai’, o chefe da facção que domina a história de João Emanuel Carneiro.
Zé Maria (acima) e Feliciano (abaixo) podem ser o chefe da facção de ‘A Regra do Jogo’. Romero é quem desvenda o mistérioDivulgação

No capítulo que vai ao ar em 23 de dezembro, o nome do criminoso será revelado na sequência em que grande parte do elenco estará reunida no cenário da mansão de Gibson (José de Abreu), onde acontecerá o casamento de Nelita (Bárbara Paz) e Orlando (Eduardo Moscovis). É em meio à festa que Romero (Alexandre Nero) descobrirá quem é o pai e usará essa informação para libertar Atena (Giovanna Antonelli) e Tóia (Vanessa Giácomo), que a essa altura estarão presas em um cativeiro por obra da facção. Informações de bastidores dão conta de que Gibson, Zé Maria (Tony Ramos) e Adisabeba (Susana Vieira) são os principais suspeitos, já que os seus intérpretes teriam sido convocados para gravar cenas secretas. Até lá, o elenco faz as suas apostas para tentar adivinhar quem é o dono desse jogo, ou melhor, da facção.

Fábio Lago, o Oziel, construiu uma teoria para justificar a sua desconfiança em um personagem que não encabeça a lista do provável chefão do crime. “Eu acho que é o Ascânio (Tonico Pereira) porque ele nunca está nos encontros da facção e só é visto pelo Romero e a Atena. Eu acredito que ele criou uma máscara para não se revelar e esconder uma história muito antiga. Como ninguém dá nada pelo Ascânio, se for ele vai ser surpreendente”, acredita. Pensamento parecido tem Osvaldo Mil, o Juca. “Adoraria que o Juca fosse o pai, mas como não tem condições, eu quero que seja o Ascânio, que é enxotado e tido como um nada, um ninguém. Se for o Ascânio vai ser incrível porque iria demonstrar que ele tem a capacidade de segurar essa onda de ser detonado o tempo todo por todo mundo mesmo sendo o chefe da facção”, comenta.

Ascânio é uma das apostasDivulgação

Se Ascânio tem a sua torcida justamente por vender a imagem de frágil, ainda que seja um bandido, Gibson desperta suspeitas justamente pelo contrário. “Tenho a impressão de que muitas pessoas poderosas podem estar metidas em coisas estranhas. A gente tem visto isso no Brasil, por isso acho que o pai é o Gibson”, diz Otávio Müller, que faz o Breno. Alexandra Richter, a Dalila, é outra que segue por esse caminho. “Aposto a maior parte das minhas fichas no Gibson. Ele é enigmático e deixou o Orlando entrar na família e na empresa dele com muita facilidade, coisa que um empresário do nível dele não faria. Também desconfio do Zé Maria, mas quem sabe não surge alguém novo?”, despista. Felipe Roque, o Kim, arrisca seu palpite justamente por aí. “Pode ser a Kiki (Deborah Evelyn), que teria forjado a própria morte, ou alguém bem surpreendente”, sugere.

Nem quem é aparentemente acima de qualquer suspeita escapa do olhar observador do elenco da novela das 21h. “O pai pode ser o Feliciano (Marcos Caruso). De repente, ele esconde o dinheiro que ganha da facção só para não ter que sustentar aquela gente toda”, imagina Fernanda Souza, a Mel. Carla Cristina Cardoso, a Dinorah, também opta por fugir do óbvio. “Para mim, o pai é o Feliciano. Talvez ele preze pela facção tanto quanto preza a família”.

Certo é que com essa guinada a trama de João Emanuel Carneiro, que estreou com a expectativa de que poderia repetir o êxito de ‘Avenida Brasil’, ganha novo fôlego, reacendendo a esperança de não ser lembrada como o primeiro fracasso da carreira do autor que assinou um verdadeiro fenômeno da teledramaturgia nacional.