Por luis.araujo

Rio - Estamos em pleno ‘Outubro Rosa’, um movimento que nasceu no início da década de 1990, visando estimular a participação da população no controle do câncer de mama. Desde então, a data é celebrada anualmente. O objetivo é compartilhar informações sobre o câncer de mama, promover a conscientização sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento. Mas principalmente, reduzir a mortalidade.

Marcia Breckenfeld%2C que está engajada na campanhaDivulgação

Aline Gonçalves, 36 anos, é médica oncologista das Clínicas Oncológicas Integradas e do INCA há seis anos, e trabalha com pacientes com este tipo de câncer . “Essa é uma campanha de conscientização mundial. Mas a importância desse movimento não deve ser restrita a esse mês. O câncer de mama tem cura, e isso está relacionado ao diagnóstico precoce. Devemos cobrar do governo e da sociedade as condições para isso. Além de educar a população”, esclarece Aline.

Daniela Macedo, jornalista, 41, descobriu um câncer de mama aos 32 anos, quando sentiu uma coceira no seio. “Percebi um nódulo. Sempre fiz o autoexame e nunca notei nada. Entre a descoberta do tumor e o diagnóstico foram três semanas de desespero. “Tive sorte de ter plano de saúde, não imagino quem depende do SUS pra isso”, conta Daniela.

Curada, ela diz que faz exames a cada seis meses. Na época, criou um blog, o ‘Enzimas Virtuais’. “Quando me procuram porque receberam o diagnóstico e conheceram minha história pelo blog, só peço paciência. O tratamento é ruim, mas acaba e sua vida volta ao normal. Tem que ter paciência”.

Daniela Macedo%2C que criou um blog para ajudar outras mulheresDivulgação

Segundo a oncologista, é importante que as mulheres estejam atentas ao seu corpo. A técnica em radiologia Marcia Breckenfeld, 54 anos, só diagnosticou prematuramente há quase 10 anos, porque fazia o autoexame e mamografia desde os 30. “Minha primeira preocupação foi como falar para a família. Depois, quis logo buscar orientação para contribuir para o sucesso do tratamento. Tinha fé que ia me curar. Manter o ânimo é importante”, diz.

Para mais informações sobre prevenção, fatores de risco, sintomas e importância da detecção precoce: www.inca.gov.br/outubro-rosa/outubro-rosa.asp.

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