Por karilayn.areias

Rio - Há um ano e dois meses à frente do ‘Hora do Blush’, programa de variedades da Rádio SulAmérica Paradiso FM (de segunda a sexta, das 17h às 19h), a jornalista e radialista Kelly Muniz faz entrevistas, dá dicas de trânsito, conversa com ouvintes, informa sobre diversos assuntos num período do dia em que muita gente está ligadíssima no rádio: a volta para a casa, no carro, depois do trabalho. O expediente começa para ela um pouco antes. Às 15h, ela já está fazendo a locução da programação normal da emissora.

Kelly nos estúdios da rádio%3A quatro horas no ar de segunda a sextaDivulgação

“Procuro falar sorrindo. Quem ouve o rádio não vê meu semblante. É ideal que a voz traga uma sensação de simpatia. A vida já está muito dura”, brinca Kelly, que já esteve em emissoras como a Fluminense AM e a MPB FM e, no programa, ocupa o lugar que foi de outras locutoras experientes, como Selma Boiron e Isabella Saes. “É um programa de locução feminina, tanto que o nome é uma brincadeira com ‘hora do rush’ e ‘blush’ (maquiagem)”.

Do outro lado do microfone, Kelly trabalha ao lado de uma equipe de produtores e jornalistas, que apuram tudo que chega por Whatsapp para a atração. E é sempre muito material. “Damos muita coisa que mandam para a gente, acidentes de automóvel, ônibus pegando fogo na rua. Pouco antes de começar, eu e a produtora trocamos uma ideia sobre a enquete do dia”, diz Kelly. E essa história de que o rádio está perdendo força? “Muita gente diz isso. Só que nem sempre o streaming ou o download têm o mesmo nível de informação. Recebo mensagens de ouvintes que dizem que ‘se não fosse o rádio, não haveria mais ninguém falando comigo’”.

O contato com ouvintes é caso sério. Muitos mandam áudio pelo Whatsapp e entram no ar. E como a SulAmérica Paradiso fica no shopping FMHall — ao lado do aeroporto Santos Dumont — e os estúdios ficam em “aquários” de vidro, muitos vão lá conhecer seus locutores preferidos. “As pessoas querem falar com a gente, dizem: ‘Você é a Kelly? Ouço você todos os dias!’”, brinca ela, que tem sua maior fã em casa: a filha Klara, de 7 anos. “E ela também adora um microfone!”

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