Rio - Ela já foi eleita a mulher mais sexy do mundo, está sempre na lista das mais belas e povoa o imaginário dos homens há quase 15 anos, desde que foi lançada na TV em ‘Coração de Estudante’ (2002). Mas a beleza de Alinne Moraes também trouxe desvantagens: com jeito angelical, ela acumula mocinhas no currículo e tem apenas uma malvada, a Maria Sílvia, de ‘Duas Caras’ (2007). “Eu estou louca para fazer uma vilã!”, conta a atriz, de 33 anos.
Em ‘Rock Story’, próxima novela das 19h da Globo, que estreia em novembro, no lugar de ‘Haja Coração’, sua personagem — Diana — até chegou a ser descrita como mau-caráter, mas a intérprete jura que não vai ser desta vez que ela se joga na maldade.
“A grande vilã vai ser a Nathalia Dill, que faz gêmeas, uma boa e uma má. Eu acho a Diana, minha personagem, muito verdadeira, bonita. É engraçado como me emociono com ela. Já li até o capítulo 30, e a Diana ainda não armou, não aprontou, não fez nada de ruim. Se ela for uma vilã, é muito humana. Acho que ela é uma vítima das consequências da vida”, define.
Na trama da estreante Maria Helena Nascimento, Diana é casada com o cantor decadente Guilherme Santiago (Vladimir Brichta), mas se encanta pelo rival do marido, o jovem em ascensão Léo Régis (Rafael Vitti).
“Mas não é uma relação supérflua. No começo da novela, mostra que o casamento com o Gui está desgastado. A Diana já nem se enxerga mais como mulher. E aí surge o Léo, que gosta dela de verdade, e ela se torna uma menina, se deixa ser levada, nasce uma nova Diana”, explica a atriz, que acha possível viver uma situação dessas: “Um amor não impede que você ame outra pessoa, são coisas diferentes”.
E, se a novela não vai empurrá-la para a vilania, pelo menos promove seu reencontro com o diretor Dennis Carvalho. “Queria muito voltar a trabalhar com ele, porque ele me deu minha primeira protagonista (Nina), em ‘Como Uma Onda’ (2004). E o Dennis é ágil como eu, me dá faniquito quando as coisas demoram demais (risos)”, diz Alinne.
Desde a estreia em ‘Coração de Estudante’ (2002), a atriz teve vários papéis de destaque, entre eles a homossexual Clara, em ‘Mulheres Apaixonadas’ (2003). “Se eu fizesse hoje, teria outra força, talvez o público não gostasse tanto”, diz. Já em ‘Viver a Vida’ (2009), sua personagem, Luciana, começou má e infernizava a vida da mocinha Helena (Taís Araújo). Ao virar cadeirante, porém, caiu nas graças do público. Em ‘Além do Tempo’, ano passado, viveu Lívia em duas fases: uma noviça de época e uma empresária da atualidade.
Reportagem de Luciano Guaraldo/Diário de S. Paulo/Agência O DIA