Por bianca.lobianco

Rio - Localizado na área rural de Maricá, o bairro do Espraiado ganha o mais novo point da cidade. E, para esticar um pouco mais a farra do Carnaval, é um point de samba: o Brasil Espraiado, à maneira das casas dedicadas ao ritmo que existem no Rio e em Niterói, une grandes nomes do estilo a cantores locais e a grandes compositores do estilo musical. Amanhã, quem aparece por lá é Diogo Nogueira, para uma participação no show do anfitrião Claudinho Guimarães — compositor de sucesso (são dele e de Claudinho Meriti sambas gravados por Zeca Pagodinho, como ‘Quando a Gira Girou’, ‘Sujeito Pacato’ e ‘Lá Vai Marola’) e morador de Maricá.

Diogo Nogueira se apresenta no Brasil Espraido neste fim de semanaDivulgação

A casa abriu na semana passada com o pessoal do Quintal do Pagodinho e as participações de Arlindo Cruz, Gabrielzinho do Irajá e Barbeirinho do Jacarezinho. Lotou, e Claudinho espera o mesmo êxito nesse fim de semana. “O próximo vai acontecer mais uma vez com a casa lotada. Com cerveja gelada e uma rapaziada da melhor qualidade. Vamos com tudo!”, espera. Neste sábado, o Quintal do Pagodinho volta ao palco da casa com as participações de Alamir, Leandro D’ Menor e Marquinhos PQD, e a cantora maricaense Gianne Mello abre a noite. E tem sempre feijoada completa servida durante o samba.

RESISTÊNCIA

O produtor cultural da casa é o ex-prefeito de Maricá, Washington Quaquá, que sempre amou samba mas nunca tinha trabalhado diretamente com o gênero.
“Vimos que o Carnaval de Maricá voltou com força total e decidimos aproveitar isso. Mesmo com essa crise, a festa que tivemos aqui foi uma das maiores do estado, depois do Carnaval do Rio”, conta Quaquá, batalhando para que a casa se torne uma grande opção para os fãs de samba de raiz não apenas em Maricá como em todo o Estado do Rio. “E também é um espaço para mostrar que o samba tem uma história de resistência. Temos painéis que contam a história do samba, levamos isso para o público que frequenta o Brasil Espraiado”.

MPB E ARTE

O Brasil Espraiado não é um espaço apenas para a música e a gastronomia. Fazendo jus à diversidade do bairro e ao contato com a natureza ao redor (dificilmente quem vai a Maricá não tem vontade de dar um mergulho na cachoeira do Espraiado, bem ali pertinho), a casa também expõe obras dos artistas locais. “Tem tapeçaria, esculturas, feitas por gente da localidade. Muitas vezes, esse pessoal tem dificuldade de interagir até com a própria comunidade”, conta Quaquá.

A casa vai abrir espaço para a MPB em geral, em breve. Até maio, o local inaugura um restaurante, que abre de quinta a domingo, e quando não tiver batuque no palco, vão rolar shows de voz e violão, ou até de artistas famosos da nossa música. “A ideia é que nos domingos, entre meio-dia e 15h, sempre tenhamos um nome consagrado da MPB. Vamos trabalhar bastante para isso!”, alegra-se o produtor. 

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