Por karilayn.areias

Rio - “Fiz um sucesso muito grande. Depois, ele deu uma queda e tive que lidar com isso. A vida é assim. O importante é contar quantas vezes você se levanta e não quantas cai”, diz Nico Rezende, cantor, compositor e pianista, dono de hits como ‘Esquece e Vem’. Este ano, Nico completa três décadas de estrada em grande estilo. Nos dias 7 de maio (Sala Baden Powell, em Copacabana) e 12 de maio (Espaço Aquário — Windsor Marapendi, na Barra da Tijuca), às 20h, ele fará shows do lançamento do DVD ‘Nico Rezende Canta Chet Baker’ e ainda se prepara para em outubro lançar seu 10º disco, só com inéditas e em que tocará todos os instrumentos.

Nico Rezende ao piano durante gravação do DVD Divulgação

“Depois de 30 anos, estou no melhor da minha forma musical. Mais experiência e uma série de coisas que a gente vai aprendendo ao longo do tempo e dá para imprimir isso na música”, atesta.

E o artista ainda tem um sonho de consumo: interpretar canções de Tom Jobim pela visão de Frank Sinatra. “O fato de cantar uma obra que não seja minha dá uma liberdade maior na interpretação. Estamos estudando esse projeto com o mesmo quinteto (além de Rezende na voz e piano, no trompete Guilherme Dias Gomes, na guitarra Fernando Clark, no contrabaixo Alex Rocha e na bateria André Tandeta). São músicos craques, e a gente se conhece bastante tocando e é uma honra trabalhar com eles”, derrete-se o cantor.

O entrosamento entre os cinco começou em 2015, quando Nico confidenciou a Fernando Clark que gostaria de se apresentar tocando Chet Baker, famoso trompetista norte-americano. Foi aí que Fernando o apresentou a Guilherme Dias Gomes, e daí para montar o quinteto e show foi rápido. Assumidamente de estilo pop, Nico soube se adaptar ao estilo do jazz. “O jazz não era muito a minha praia. Mas o formato das canções do Chet são pop, lindas melodias, o que me atraiu bastante. E ele tem voz pequena, colocada, afinada. Me identifiquei muito com o modo de cantar dele. Além disso, o registro de voz dele é bem próximo ao meu”, afirma Rezende.

Participam os músicos Guilherme Dias Gomes%2C Fernando Clark%2C Alex Rocha e André TandetaDivulgação

Com o objetivo de respeitar a premissa do jazz de que jamais uma performance é igual a outra, os improvisos tiveram lugar na gravação do DVD. “Mesmo os pequenos erros que acontecem fazem parte do processo. Não tem sentido fazer edições, a música tem que ser natural e espontânea e a liberdade que o jazz pressupõe. Claro que teve edições de câmeras, mas os takes são únicos, nem repetimos as faixas na gravação. É como em qualquer show de jazz. Você vê ou ouve, e tem a mesma impressão”, frisa.

Para o repertório do DVD foi feita a difícil seleção de 17 músicas do disco ‘Chet Baker Sings’, além de gravações antológicas do músico e seus clássicos. “Tinha muito mais material, mas se tornaria um DVD duplo”, brinca o cantor.

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