Carlos Evanney faz show em homenagem às mulheres no Rival - Divulgação
Carlos Evanney faz show em homenagem às mulheres no RivalDivulgação
Por RICARDO SCHOTT

Rio - Cover tido como "oficial" de Roberto Carlos, Carlos Evanney - que faz o show 'Só Para Mulheres' hoje, às 19h30, no dia internacional delas, no Teatro Rival - costuma ser recebido pelo Rei em seu apartamento na Urca. Volta e meia, aparece lá para ouvir conselhos do cantor.

"Ele brinca comigo, diz no meu ouvido: 'Parabéns pelo trabalho que você vem fazendo, continue assim'. Imagina, né, bicho? Ouvir isso do Rei", conta o baiano de Maragogipe, que, ao contrário de seu modelo, está louco para contar suas histórias da vida artística numa autobiografia. Entre outras coisas, Evanney vai contar suas estripulias como ator - fez cenas em novelas como 'Mandacaru', da Rede Manchete, onde interpretou um cangaceiro que contracenava com Benvindo Sequeira e tinha até falas.

"Tenho uma carreira musical até antes de ser cover do Rei, e gravo discos desde 1978. Quando criança, eu ia nos terrenos em Maragogipe e montava circos. Chamava amigos, chamava amigas para dançarem como rumbeiras, divulgava botando alto-falante no meio da rua. Era cidade pequena, não tinha nada lá. Quando tinha qualquer coisa de artista, todo mundo parava para ver", conta ele, que diz ter a vida marcada por coincidências com o Rei.

"Uma delas: moro na Rua Gomes Freire, na Lapa, no apartamento 502. Roberto morou na mesma rua, no Edifício Augusta (quase esquina com Rua Riachuelo), no 501. Sou vizinho dele!", brinca Evanney, que tem uma filha chamada Roberta Carla, também fã do cantor.

"Meu outro filho mora na Bahia e queria conhecer um artista. A Roberta o levou para conhecer o Roberto. Rapaz, ela foi na Urca esperar a hora em que ele saía de casa, pulou dentro do Lamborghini dele, mexeu no boné dele... Ele estava de boné e óculos para disfarçar", brinca.

SHOW

Evanney costuma, assim como Roberto, fazer shows em cruzeiros - mas usa pequenas traineiras, que circulam pelas praias do Rio (com escala em frente à casa do Rei na Urca), em vez de navios. No show de hoje, ele promete mudar algumas coisas no receituário real. Como se trata de uma homenagem às mulheres, abre com 'Lady Laura', canção que Roberto (com Erasmo) fez para a mãe.

"Foi ela que começou tudo, né?", conta ele, que avisa que o show é "para mulheres", mas seus fãs homens são bem-vindos. "Tenho muitos. Recebo muitos presentes, tanto deles, quanto das mulheres. Comprei 180 rosas para dar para os fãs, inclusive", conta ele, que já recebeu de um fã uma lata do panetone do Roberto, lançado pela Nestlé, com R$ 200 dentro. "E a lata está guardada até hoje, com o dinheiro dentro. Não mexi".

O repertório inclui um pot-pourri da Jovem Guarda, o novo hit 'Sereia', 'Detalhes' tocada ao violão e até uma surpresa para as fãs ("é um detalhe que coloco na minha roupa depois que canto 'Calhambeque', em homenagem a elas", conta). Mais: banida por vários anos dos shows de Roberto, 'Quero Que Vá Tudo Pro Inferno' está no set list de Evanney.

"Ele voltou a cantar a música, eu voltei também. Não faço o que ele não faz. Roupa de cor marrom, por exemplo, eu não gosto nem de olhar", brinca.

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