Sacha Bali  - Reprodução
Sacha Bali Reprodução
Por Gabriel Sobreira

Imagina trabalhar durante aproximadamente 17 dias perto do deserto do Saara, na África, onde o calor chega a 50°C? Esse foi o desafio de Sacha Bali e demais atores do elenco da novela 'Jesus', que estreia dia 24, às 20h45, na Record.

"Era muito quente, gravávamos no alto das montanhas. Lá, o dia nasce muito cedo e acaba muito tarde. Em torno de 12 horas debaixo do sol, que acaba sendo muito desgastante, mas igualmente gratificante", conta Sacha. "Bebia de seis a sete litros de água por dia. No meio da noite, acordava de duas em duas horas porque a garganta estava ressecada", acrescenta.

Na história de Paula Richard, Bali vive Longinus, centurião do exército romano que é cruel com judeus e que crucifica e mata Jesus. "Em filmes, quando o Longinus enfia a lança em Jesus, sai sangue misturado com água. A partir desse momento, ele tem um arco dramático e que vai mudando a ponto de se arrepender, se converter para o cristianismo e abandonar o exército romano", conta o ator, que jura não saber se com o seu personagem acontecerá o mesmo. "Parece que será fiel", desconversa.

Gravar as cenas da Via-crúcis foi um momento especial na carreira do intérprete, que ficou emocionado nas sequências. "Não sou católico, nem evangélico. Não tenho religião, embora tenha minhas crenças. Sou bastante espiritualizado, tenho fé. Respeito muito todas as religiões e também a história de Jesus. Ver a Via-crúcis, o Dudu (ator que interpreta Jesus na novela) 'ensanguentado'. A imagem era muito forte, ele tomando chicotada e eu na posição opressora. Tudo isso mexeu comigo e, sem dúvida, não foi fazer uma cena qualquer. Vai ficar na minha memória para o resto da minha vida", afirma.

Além da equipe brasileira, figurantes e técnicos locais auxiliaram nos trabalhos de 'Jesus' em um importante estúdio, que já recebeu gravações como da série 'Game of Thrones'. O ator explica que o que mais lhe impressionou foi a força de vontade e o empenho de todos os envolvidos. E que aproveitou também para explorar um pouco a região. "Na hora de comprar as coisas lá, nada tem preço. Tem que negociar tudo, tirando supermercado e comida. Mas se for comprar roupa, artesanato, o cara te dá um preço exorbitante e tem que barganhar com ele por 30 minutos quase. No terceiro dia, você não aguenta de tão desgastante", desabafa, com bom humor.

Fã de viagens, o carioca de 37 anos sempre que pode faz um mochilão. E tinha um sonho de conhecer a África. "Nem posso dizer que conheci, porque conheci uma parte pequena, mas valeu cada segundo", atesta.

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