Rio - Revelada em 2016 com o hit 'Catuaba' e por sua participação no programa 'Amor & Sexo', da Rede Globo , Aretuza Lovi lança o primeiro álbum, 'Mercadinho'. É uma cantora drag queen, que tem orgulho da condição de drag (o nome civil de Aretuza é Bruno). E faz questão de falar que sua arte não se resume a isso.
"Quero que as pessoas me enxerguem mesmo é como uma artista. O legal é quebrar barreiras. Recebi muito carinho de crianças, de idosos. Faço música pra todo mundo e espero que cada música vá tocar a cada pessoa de forma diferente", conta Aretuza, que mistura vários estilos (vai do arrocha ao funk) e convidou, para participar do álbum, Pabllo Vittar, Gloria Groove, Iza, Solange Almeida e Valesca Popozuda. "São pessoas que acreditam na diversidade. São militantes reais e gostam do meu trabalho".
PABLLO
A artista goiana já morou em Belém do Pará (foi de lá que vieram suas influências de tecnobrega) e no comecinho da carreira, lançou dois EPs, 'Popstar' e 'Nudes'. Está na música há sete anos. E lembra que Pabllo Vittar, além de lhe abrir muitas portas, já é sua amiga há bastante tempo.
"Conheço a Pabllo antes do boom. A gente sonha coisas juntas há bastante tempo, e ela agregou todo mundo, de falar: 'Vem comigo, tá todo mundo junto'. Somos amigas tanto no pessoal quanto no profissional", recorda ela, que contou com a cantora de 'Vai Passar Mal' em 'Joga Bunda', ao lado de Gloria Groove.
FUTEBOL
Antes de tornar-se drag, Aretuza trabalhou como produtor de bandas. Um dia, de brincadeira, vestiu as roupas da mãe de um amigo. "Surgiu tudo dessa brincadeira. Quando vi, o público tinha gostado", conta ela, que tirou o "Lovi", do sobrenome do jogador Vágner Love. "Não sou exatamente fã de futebol, mas a TV estava ligada no 'Esporte Espetacular' quando estava escolhendo o nome e usei o Love, mas de modo mais abrasileirado", brinca.
