AnaVitrória - Divulgação
AnaVitróriaDivulgação
Por Ricardo Schott | ricardo.schott@odia.com.br

Rio - Uma turnê longa, um filme, encontros musicais, dois discos e alguns EPs um deles para crianças, o outro especial para o Carnaval, além de um single para a Copa. Ana Clara Caetano Costa e Vitória Fernandes Falcão, as duas garotas do Anavitória (e as portadoras do currículo resumido acima), têm 23 anos e soltam o segundo álbum, 'O Tempo É Agora', em clima de (sem trocadilho, e perdão pela redundância) vitória. Conquistaram números de respeito (só no Spotify são mais de 3 milhões de ouvintes, e no YouTube mais de um milhão) e um núcleo de fãs bastante variado.

"Atingimos muito a criançada no primeiro disco, a gente recebia muito vídeo de criança cantando nossas músicas. Mas hoje nos shows dá gente de todas as idades. É até nos shows que a gente conhece mesmo o público, vê quem curte", conta Vitória, a ruiva da dupla.

Em meio aos dois discos de Ana e Vitória, a mudança no mercado musical brasileiro foi perceptível: entraram vários nomes fazendo som de tons folk (ou rural, digamos assim), com violões, ukulele e sonoridade acústica. Em 'O Tempo É Agora', as duas voltam com uma camada pop por cima da estrutura acústica. O disco foi gravado em Hollywood, na Califórnia, no East West Studios, e tem participações de um time de músicos estrangeiros, em todas as canções.

"Os produtores (Tiago Iorc e Moogie Canázio) são brasileiros. Mas a gente conheceu um universo novo", conta Ana, principal compositora da dupla. "Querendo ou não, a gente tem um suingue aqui no Brasil e percorre caminhos parecidos, somos familiarizados com isso. Quando a gente leva as músicas para serem interpretadas por músicos de fora, vira outro negócio. Depende de como eles enxergam aquilo ali. E ainda teve a estrutura. Gravamos num estúdio muito f...!", brinca ela, que, gravando no EastWest, pisou com a parceira no mesmo chão onde caminharam Michael Jackson, Metallica, U2, Ozzy Osbourne e vários nomões do pop.

No disco, Ana divide músicas com a própria Vitória (a faixa-título), com o produtor Tiago Iorc, e mais três faixas com o namorado, Mike Túlio, da dupla OutroEu. "Tivemos um amadurecimento natural. Na época do primeiro disco, que foi um EP, a gente tinha entrado em estúdio uma única vez!", recorda Vitória, que mostra o novo disco com a amiga no Vivo Rio, no dia 22 de setembro.

NANDO REIS

Entre um disco e outro, Ana e Vitória percorreram o Brasil dividindo palcos com um ídolo da dupla, Nando Reis. A menção do nome do ex-titã deixa as duas bastante felizes.

"Somos muito fãs dele. Falamos isso várias vezes para ele, o Nando é muito tímido, e a gente não é nem um pouco", brinca Vitória. Ainda assim, rolou um acanhamento das duas no começo. "Fomos quebrando um pouco o gelo com o tempo. Fizemos show no Recife e a energia da galera é muito quente, é massa. Ajudou bastante a gente a se aproximar. Temos muito carinho um pelo outro".

"Aprendemos muito com ele. Nando não tinha ainda escutado as músicas novas. Ele até falou pra mim que eu tinha que experimentar mais, escrever sobre outros assuntos, disse que eu tinha muito potencial", completa Ana. Nando chegou a montar uma playlist para as duas escutarem. "A lista tem muita coisa gringa, muita coisa que não conhecíamos. Nina Simone...", afirma.

FILME

Não foi só a turnê com Nando que aconteceu entre os discos. Teve também o filme 'Ana e Vitória', com direção de Matheus Souza: uma comédia sobre relacionamentos modernos na qual as duas interpretavam elas próprias. Como foi para as duas serem atrizes? "A gente nunca imaginou fazer isso na vida, quanto mais mostrar nossa vida na tela", brinca Vitória. "O filme estreou no mesmo dia em que o disco saiu nas plataformas digitais (2 de agosto), e todas as músicas do disco estão na trilha, então foi uma antecipação do disco novo. Para a gente foi uma nova linguagem artística, fez a gente amadurecer muito como artistas e como pessoas".

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