Aos 28 anos, casada há quase quatro e mãe de um menino de 2 anos e quatro meses, Aline Dias avalia que a maturidade trouxe muitas vantagens. "Hoje tenho outras prioridades, preocupações, mas já me anulei, fui muito insegurança em relacionamentos, já pensei muito mais no outro do que em mim mesma", confessa a intérprete da ciumenta e insegura Úrsula de 'Salve-se Quem Puder', da Globo. "Era uma coisa que me fazia mal e que demorei a perceber porque estava muito cega, querendo que desse certo uma coisa que já não está dando mais. Depois que percebi, eu consegui terminar de boa", acrescenta ela.
Na trama as 19h, a personagem sofre de ansiedade, se automedica e tudo isso adicionado à falta de apoio médico e familiar ocasiona severos ataques de ciúmes. "Muita gente acha que é uma frescura. Torço muito para que as pessoas entendam que as atitudes radicais dela, a insegurança, são frutos de uma condição patológica. Cortar o mal pela raiz é ela realmente procurar uma ajuda", detalha a atriz.
A situação se degringola hoje com barraco e tudo por Téo (Felipe Simas) terminar o relacionamento com a jovem, que fica completamente descontrolada. "Ela fica 'cega', coloca a culpa na Fiona (Juliana Paiva) no término, vai 'cuspir' todo o ódio que sente, pega a muleta dele e joga no quadro, quebra as coisas. Vai para o fundo do poço de novo. A Úrsula é afastada do trabalho e na casa da avó volta a tomar remédios sem prescrição médica. Quando volta do recesso, estará bem decepcionada e com sentimentos ruins no coração em relação a Fiona. Mais ainda não sei o que vai acontecer, vamos aguardar", despista, aos risos. "A gente nunca sabe o desfecho de uma historia de uma pessoa que tem uma crise de ansiedade, q sofre de depressão e não tem ajuda, apoio, torço para que a historia dela termine bem", completa.
Quando o assunto é ciúme, Aline diz que como qualquer casal, o sentimento até rola entre ela e o marido, o também ator Rafael Cupello, mas não é uma constante. "Quando a gente percebe que aquilo está fazendo mal e está ultrapassando o nosso amor próprio, o respeito, a gente para, senta e conversa", explica ela.
Natural de Leopoldina (MG), a intérprete conta toda essa segurança veio com o tempo e também com a ajuda de terapia. "Ter insegurança não é um defeito, a gente precisa procurar ajuda de algum especialista. Depois que comecei a fazer terapia tenho muita segurança de algumas coisas que faço na minha vida, sou muito mais calma em relação a certas decisões, graças a Deus não tenho os mesmos problemas que a Úrsula, mas no início sempre bate insegurança em relação a trabalho e relacionamento quando a gente é muito adolescente. Já tive medo de perder e ser esquecida. Hoje me posiciono de uma maneira muito mais saudável em relação a isso", observa.