Outro tempero, que ainda de acordo com Bianca, vem fazendo uma grande diferença, está associado ao novo papel da mulher no mercado musical, em especial do funk carioca. "Em pleno século 21, o preconceito ainda é enorme. Boa parte da sociedade ainda julga muito a liberdade de expressão de uma mulher, mas vejo o quanto a nossa força de vontade faz a gente chegar longe. O mundo da música para mulheres é difícil, sim, e eu espero que um dia isso mude completamente, porque somos fortes, somos incríveis, determinadas e livres".
Aos 18 anos, e tendo as cantoras Rihanna e Anitta como grandes referências na carreira musical, Bianca Azevedo Leal, ou simplesmente Mc Bianca, saiu de Campos dos Goytacazes, no interior do Rio de Janeiro para tentar realizar seu sonho de ser cantora na capital carioca.
Com uma renda de pouco menos de R$ 500 por mês, chegou a morar de favor na Baixada Fluminense, e trabalhou como vendedora ambulante na praia antes de conquistar a fama. Seus primeiros cachês, de acordo com ela, eram todos revertidos para comprar material para aprimorar seus shows. E mesmo num cenário diferente hoje, a funkeira reconhece ainda ter um longo caminho a percorrer. "Trabalho, dedicação e nunca desistir. Recebi tantos 'nãos' que é difícil acreditar que o meu sonho está acontecendo'.






