Lázaro Ramos e Tais Araujo - Globo/Divulgação
Lázaro Ramos e Tais AraujoGlobo/Divulgação
Por Juliana Pimenta

Rio - Depois do sucesso da estreia de 'Amor e Sorte', com Fernanda Torres e Fernanda Montenegro na semana passada, o episódio de hoje, às 22h50, na Globo, traz Taís Araújo e Lázaro Ramos como um casal de quarentenados em crise no relacionamento. Na trama, Cadu e Tabata veem seus problemas serem intensificados por conta da convivência incessante da pandemia. Juntos há 16 anos, Taís e Lázaro também enfrentam os desafios do confinamento, cada um à sua maneira.

"No início da pandemia, eu estava muito perdida e fui entender como a minha casa funciona, como seria essa convivência com as crianças e com o Lázaro o tempo inteiro. E eu fui ficando nessa loucura, mas com muito medo. Pelos meus pais, por tudo. Mas hoje estou muito mais tranquila emocionalmente. O resultado desse trabalho ajudou a ficar no eixo. Estávamos muito angustiados, muito à deriva. Agora, parece que virou uma chave", destaca a atriz.

Para Lázaro, o processo foi parecido. "A gente nunca tinha parado para notar como é a nossa dinâmica, nossa rotina, mesmo com 16 anos de casados. E a mesma coisa com os nossos filhos. Nunca conhecemos tanto os nossos filhos quanto agora, tanto as forças quanto as fragilidades. E aí são expostas, também, as nossas forças e fragilidades. Eu acho que a dica da quarentena é saber calar e escutar, porque pandemia não é hora de ter DR. Ninguém está em seu estado natural. Acho que quem passar a pandemia e continuar casado não separa nunca mais", argumenta o ator.

Trabalho inusitado

Além dos cuidados com a casa e os filhos, Maria Antônia, de 5, e João Vicente de 9 anos, Taís e Lázaro aceitaram o desafio de produzir — quase — sozinhos todo o episódio. "A gente trabalhou duríssimo para colocar esse episódio na rua. Eu posso ter ficado cansada, mas sabia que ia dar certo. Chegaram caixas e mais caixas na nossa casa que precisaram ser higienizadas. A minha certeza de que ia dar certo é que o Lázaro sabe mexer nas coisas, porque eu não sei mexer em nada. Se não tivesse ele, não sei como seria", explica Taís, lembrando a "participação" das crianças.

"Nossos filhos ficaram metade do processo com a gente e, como eram cenas noturnas, a gente colocava eles para dormir e, de vez em quando, ou um ou outro aparecia no meio", conta.

Mas, apesar do histórico com direção, Lázaro afasta a ideia de que o processo de produção da série tenha sido tranquilo. "Foi difícil porque é uma demanda muito diferente de quando trabalhamos com a equipe próxima. E, mesmo tendo experiência como diretor, tendo estudado um pouco, tudo era muito diferente. Os equipamentos que chegaram, a maneira de se relacionar e conversar com os técnicos, com o diretor de fotografia a distância. Mas, ao mesmo tempo, foi tudo muito prazeroso. Porque neste momento em que está difícil exercer a nossa profissão, poder estar em cena, decorar o texto, atuar, e com um texto de qualidade, trouxe muita alegria. Valeu muito a pena. Digo, sem sombra de dúvidas, foi um dos trabalhos mais prazerosos que eu já tive ao longo desse tempo todo na Globo", comemora o ator.

 

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