"Acredito que A Viagem transformou a vida de todas as pessoas que fizeram parte daquela novela. Nós fizemos um mergulho profundo na obra de Allan Kardec. E, sem dúvida, ela vai tocando particularmente as nossas vidas ao longo da trama. Não digo nem do ponto de vista religioso, mas filosófico. O espiritismo é considerado uma grande filosofia. Eu me aproximei de pessoas que são grandes mestres, que eu gosto de ficar ouvindo as palestras. Vai abrindo dimensões internas de conhecimento que são muito importantes", definiu.
No ar com três reprises, "A Viagem", "Mulheres Apaixonadas" e "Titit", Torloni também comentou sobre a semelhança entre Diná e Helena, do folhetim de Manoel Carlos. “Tanto minha personagem em 'A Viagem', quanto em 'Mulheres Apaixonadas', são exemplos de anti-heroínas. Principalmente no começo de 'A Viagem', a personagem Diná era muito incorreta, com ciúme doentio, que angustiava a vida da família inteira por ações desmedidas. Mas por meio do amor e esse trabalho tão bonito ao lado espiritismo, ela vai renascendo, com o amparo espiritual dos mestres", explicou.
"A Helena de 'Mulheres Apaixonadas' é visionária e muito segura de si. O Manoel Carlos é mesmo um visionário. Fico perplexa. A Helena é um prêmio à carreira, com certeza. É um momento muito bonito poder ver três grandes trabalhos sendo disponibilizados para o público. Acho que a palavra exata é gratidão. Muito obrigada. Neste momento que a gente não pode sair para trabalhar ver que o nosso trabalho continua chegando na casa das pessoas é muito bom", comemorou.
A atriz contou que teve uma conversa recentemente com Maneco e garante que o autor está ótimo. "Tive a oportunidade de falar com ele recentemente e fiquei feliz em ver como ele continua forte, lúcido e vivo. É um mestre da teledramaturgia. Ele escreveu cenas em suas novelas que hoje impactam mais ainda. Devo muito a ele", agradeceu.
Por fim, a atriz avaliou o papel do entretenimento como ferramenta para amenizar o sofrimento em meio à pandemia. "A arte tem um papel fundamental neste momento. Acho muito importante agora que as pessoas estão carecendo de esperança no mundo da matéria, que ganhem esperança pelo menos no mundo imaterial. Que em uma grande corrente de amor possam estar orando juntos por essas mais de 300 mil famílias que viram seus avós, pais, filhos, sobrinhos e netos falecerem por conta do coronavírus. Desejo que tudo isso acabe logo", completou.
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