Fachada do Museu do Samba, na MangueiraDivulgação

Rio - O Museu do Samba vai colocar na mesma roda o samba, o hip hop e a rima, trazendo da margem para o centro das atenções a produção cultural das favelas e periferias cariocas. Completando 20 anos de fundação, a instituição, que tem sede na Mangueira, está lançando o projeto Insurgentes – Tecendo Teias Culturais, que vai promover rodas de conversas, capacitação e premiação para agentes culturais de todas as regiões da cidade.
A primeira etapa já começou: as inscrições estão abertas até 20 de agosto. Para participar, basta preencher um formulário que está disponível nas redes sociais do Museu, além de enviar o projeto. Em caso de dúvidas, os interessados podem fazer contato pelo e-mail contato@museudosamba.com.br.
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As propostas precisam, obrigatoriamente, ter como base o samba e suas conexões com outras referências culturais da periferia, com letras e temáticas que valorizem saberes tradicionais da cultura popular e mostrem a importância da resistência diante dos desafios sociais, econômicos e cotidianos. Os trabalhos devem ainda ser apresentados no formato de rodas de rima, partido alto e hip hop.
Serão escolhidas dez iniciativas de cada uma das cinco áreas programáticas (AP) do município do Rio, abrangendo assim todas as regiões. Serão selecionadas 50 iniciativas. Os responsáveis pelos projetos vão participar de rodas de diálogos no Museu do Samba. Além da troca de experiências, os próprios participantes vão eleger um projeto de cada área programática.
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O Insurgentes – Tecendo Teias Culturais possui, ainda, uma etapa de capacitação profissional, as oficinas. Com carga horária de 30 horas, elas vão ensinar técnicas de gestão, de estruturação de projetos e de divulgação cultural. Os agentes serão escolhidos também nas rodas de diálogos.
Os cinco projetos finalistas serão contemplados com um cachê para participar de uma apresentação final, que será transmitida nas redes sociais do Museu. Os trabalhos vão ser registrados na publicação 'Museu do Samba – Revista Insurgentes', edição especial do periódico da instituição. Serão produzidos, ainda, vídeos de cada uma das obras, que ficarão disponíveis na página do Museu no Youtube.
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“Nosso compromisso social é valorizar essa luta, estender a mão para esses jovens e mostrar que não estão sós", afirma Nilcemar Nogueira, fundadora do Museu do Samba e idealizadora do projeto.
A iniciativa conta com os apoios do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), da Secretaria Especial da Cultura e do Ministério do Turismo.