Paulo Barros: 'O Grupo de Acesso é a grande universidade do carnaval'
Carnavalesco da Portela fala dos rumos da folia
Por bferreira
Rio - Chegou a hora de conversar com o carnavalesco Paulo Barros. Atualmente na Portela, ele já cravou seu nome na história do carnaval. Com títulos em 2010, 2012 e 2014, todos pela Unidos da Tijuca, o artista bateu um papo com nossa equipe e falou o que pensa dos rumos da folia.
- Após mais de 11 anos do desfile de 2004 da Tijuca. Que filme passa na sua cabeça?
Paulo Barros: "Não digo que passa um filme na minha cabeça, mas posso dizer que passa uma história de aprendizado. Eu me tornei uma pessoa mais exigente, continuo sendo chato, mas uma pessoa mais adulta. Sou que nem Gabriela, eu nasci assim, cresci assim, vou morrer assim (risos). Está no meu DNA, isso vem desde o tempo que eu trabalhava na Varig. Fui criado desse jeito, sempre fui uma pessoa meticulosa, detalhista. Alguns anos atrás eu sofria muito por conta disso, hoje tenho mais maturidade, mas continuo com as mesmas manias, questionamentos e a mesma chatice de querer realizar um trabalho que seja perfeito".
- Você brilhou no Acesso e ganhou prêmios. Acha que é lá que o carnavalesco faz a faculdade para chegar maduro no Especial? É lá que o carnavalesco testa sua criatividade?
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Paulo Barros: "Não me lembro de ter trabalhado no acesso, só lembro de 2004 para cá (muitos risos). Falando sério agora, pra mim o Acesso é a grande universidade do carnaval. Ele é uma escola. Vivencio até hoje alguns momentos que passei no Acesso e que me trouxeram o conhecimento que tenho hoje. Lembro da primeira vez que o ferreiro chegou e perguntou que tipo de ferro usaria no carro alegórico, e eu não sabia nem o que responder para ele. Hoje, daqui de cima do barracão, eu olho para o carro alegórico e já sei se o ferro está colocado certou ou errado. Então o Acesso foi minha grande universidade. Só não quero fazer é universidade de novo".
- Na vida do carnavalesco, qual é o maior desafio?
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Paulo Barros: "Acho que o grande desafio, não só na vida do carnavalesco, mas como para qualquer outro profissional, é o desafio próprio. Você conseguir concretizar aquilo que você imaginou, é o maior desafio e o maior sofrimento também. Você ver aquilo que imaginou ali na tua frente acontecendo".