Bloco Largo do Machadinho faz a festa das crianças em praça da Zona Sul
Cortejo dedicado aos pequenos voltou a acontecer após dois anos de paralisação devido a pandemia
Crianças e adultos se divertem em bloco infantil Largo do Machadinho, Mas Não Largo do Suquinho, na manhã desta segunda-feira, em praça na Zona Sul do Rio - Divulgação RioTur/Joana Coimbra
Crianças e adultos se divertem em bloco infantil Largo do Machadinho, Mas Não Largo do Suquinho, na manhã desta segunda-feira, em praça na Zona Sul do RioDivulgação RioTur/Joana Coimbra
Rio - O bloco infantil “Largo do Machadinho, mas não largo do suquinho” fez a festa dos pequenos foliões no início da tarde desta segunda-feira (20), na Praça do Largo do Machado, Zona Sul do Rio. Com estimativa de cerca de 3 mil pessoas presentes, o bloco voltado para o público infantil e juvenil voltou desfilar suas marchinhas após dois anos de paralisação, devido a pandemia.
Muito confete, serpentina e música para embalar as brincadeiras das crianças, que tem espaço prioritário no bloco. O ambiente agradável para os pequenos serem introduzidos à cultura do Carnaval foi o que fez o morador do Cachambi, na Zona Norte, Carlos Eduardo dos Santos, de 41 anos, levar as três filhas e a cachorrinha para curtir.
“Já é uma tradição nossa vir aqui. É um bloco que acolhe todas as famílias, bem organizado e que nos sentimos seguros, vide o policiamento notado em volta. A Lara, de 10 anos, Alice, de 6, e Heloísa, de 3, se esbaldam fazem questão de chegar cedo e só ir quando acaba”, disse.
O empresário Marcos Silva foi outro que levou as filhas Laura e Morena, de 7 e um 1 ano, respectivamente. De acordo com ele, a participação delas serve para reforçar nelas, já desde pequenas, a importância cultural do Carnaval para o carioca. “Hoje, elas estão mais felizes que tudo. Isso é muito recompensador para nós, pais”, pontuou.
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Organizadora e criadora do evento há mais de 10 anos, a funcionária pública na área de educação, Carla Vendri, 57 anos, conta que a motivação principal de fundar o bloco foi tentar resgatar, nos pequenos, as experiências e as memórias de festa que estão cada vez mais em um passado distante.
“Percebemos que, de certa forma, o carnaval está sendo cada vez mais enxugado. As referências, por exemplo, da minha época, que eram clubes, bailes, não existem mais. Sobretudo, para as crianças. E, por ser da parte de educação, eu tenho propriedade para falar como o carnaval é importante na formação do cidadão, pois há uma diversidade enorme de ritmos musicais que podem ser explorados e ensinados através da festa. É uma forma também, claro, de apresentar e apaixonar esse pequeno pelo Carnaval para que nossa cultura nunca se perca”, afirmou.
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