Rio - A passista Camila Neves, de 20 anos, teve seu primeiro contato com a Imperatriz Leopoldinense há pouco mais de um ano e contou na madrugada desta terça-feira (20) que, após episódios de depressão por conta da perda de sua mãe, foi a Verde e Branca que a acolheu e a fez despertar.
"A escola me abraçou de uma forma incrível e durante um tempo eu precisei ficar parada, porque minha mãe ficou doente e eu não pude ir aos eventos que a escola estava fazendo e pensei em desistir do samba, dos estudos, da faculdade, enfim, de tudo", desabafou.
Segundo ela, um mês após a morte da mãe, Camila resolveu voltar para a escola e ir a um ensaio, e foi nesse momento que sua vida mudou. Desde então, a gratidão e o amor pela escola só cresceram.
"Foi ali que eu senti que a escola me curou de uma tristeza que eu sabia que iria ficar. Se não fosse o samba, talvez eu não estaria aqui e para mim é muito emocionante estar na Imperatriz hoje, eu me sinto muito honrada, muito feliz. Sinto que eu venci, passei por barreiras que achei que não fosse vencer e acredito que minha mãe está muito orgulhosa de me ver aqui fazendo tudo que ela gostava que eu fizesse, sambando e sendo feliz acima de tudo", disse sob forte emoção.
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A Imperatriz desfila com o enredo 'O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida', a agremiação conta sobre o destino pós-morte de Lampião.
Quarta escola a entrar na Marquês de Sapucaí, a Imperatriz narra de forma lúdica as aventuras de Lampião após sua morte tentando entrar no céu e no inferno, baseadas em algumas obras da literatura de cordel de José Pacheco e Guaipuan Vieira.
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