Monobloco toca no Centro e arrasta uma verdadeira multidão de foliões no fechamento do Carnaval de rua do RioReginaldo Pimenta/Agência O Dia

Rio - Fechando oficialmente o carnaval de rua do Rio de Janeiro, a grande atração deste domingo (26) já virou uma tradição: o desfile do Monobloco reuniu 300 mil pessoas na Rua Primeiro de Março, no Centro. O bloco, criado no ano 2000, utiliza instrumentos de escola de samba para tocar ritmos e canções diversas, como funk, marchinhas e grandes clássicos da MPB, por exemplo.
Em concentração desde às 7h, o bloco começou a sua festa às 9h e terminou o cortejo por volta do meio dia. Moradora da Tijuca, a estudante de jornalismo Dayane Zimmermann, de 28 anos, é assídua frequentadora do bloco há, pelo menos, 10, e, nesta edição, ela conta que existe um componente especial.
"É muito gratificante comemorar o Carnaval passada essa pandemia que vivemos. É libertador. Depois de três anos de hiato, ver todo mundo reunido para festejar é realmente muito bom", comentou.
Jean Barbosa, advogado de também 28 anos, era um dos mais animados na corda que dividia o trio do público. "Vim de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, com amigos para curtir o Monobloco. Eu sou realmente muito fã. Salvo engano, essa é a oitava vez que eu venho e sinto como se fosse sempre a primeira", afirmou.
A estudante de oceanografia da Uerj, Isabela Fraga, de 24 anos, levou o namorado Bruno para a estreia de ambos seguindo o Monobloco. "Já é tradição esse fechamento do Carnaval de rua do Rio com esse show a céu aberto e hoje estamos podendo conferir essa muvuca boa, revigorante, para começar o ano", disse Bruno.
Revista apreende até punhal
Infelizmente, nem tudo é alegria nesse encerramento do Carnaval de rua carioca. Atuando desde o ano novo com a tática de montagem de barreiras policiais e revistas pessoais em locais de grande aglomeração, PMs apreenderam um número muito grande de objetos que poderiam ser usados para o cometimento de assaltos e até mesmo de ferir os foliões que foram até o local se divertir.
Dentre os objetos apreendidos, muitos tesouras pequenas, daquelas que se usa para cortar as unhas, mas o que chamou mesmo atenção foi a apreensão de pequenas facas, um facão, um estilete e um punhal.