Público comparece à Cidade do Samba, na Zona Portuária do Rio, nesta quarta-feira (14)Fred Vidal/Agência O Dia

Rio - O público que acompanha a apuração dos votos do Grupo Especial, na Cidade do Samba, na Zona Portuária, nesta quarta-feira (14), divergiu sobre a mudança de local feita pela Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa). Integrantes das escolas de samba, que acompanhavam a apuração nos anos anteriores na Praça da Apoteose, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, reconheceram que a segurança é melhor, mas a divisão entre as torcidas deixou a desejar.
"Em questão de segurança, aqui se torna bem melhor por causa da Avenida Presidente Vargas. Ali é complicado. Já teve problemas de torcedores com moradores em situação de rua, por exemplo. Alguns ficam encarando, querendo brigar", disse Iago de Oliveira, de 29 anos, torcedor da Unidos do Viradouro.
Caio Couto, de 23 anos, integrante da torcida da Viradouro, disse que a organização da Cidade do Samba deixou a desejar por causa da divisão entre as torcidas. "Na minha opinião, a Sapucaí é melhor porque já tem as divisões das torcidas. Aqui não vamos conseguir entrar com as nossas bandeiras. Vamos ter que fazer nosso espetáculo aqui fora", disse Caio, coordenador da torcida Virafênix. No entanto, ele observou que a logística para chegar ao local é melhor do que na Sapucaí. "É a primeira vez e espero que seja assim daqui para frente. O local de acesso é melhor que a Sapucaí", completou.
Jorge Luiz Oliveira, 19 anos, integrante do Unidos de Porto da Pedra, disse que a falta de divisão entre as torcidas não fez muita diferença para ele. "Aqui é melhor para o público ver, mas não vejo muita diferença. Está todo mundo junto e misturado", disse. 
O fim da leitura das notas da Praça da Apoteose era um desejo antigo do presidente da Liesa, Jorge Perlingeiro. As seis primeiras colocadas voltam a desfilar no próximo sábado (17), no Desfile das Campeãs.