Zeca Pagodinho Divulgação/Guto Costa

Rio - O cantor e compositor Zeca Pagodinho foi diagnosticado com covid-19 e está internado na Casa de Saúde São José, no Humaitá, na Zona Sul do Rio. De acordo com a assessoria do artista, apesar da confirmação da covid, Zeca está bem e foi internado para ter a saúde monitorada.
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Em nota, o hospital confirmou que o artista segue sem suporte respiratório e está sendo monitorado na unidade. "A Casa de Saúde São José informa que o cantor Zeca Pagodinho está internado na unidade, desde ontem (14/08), para monitoramento e tratamento de Covid-19. O paciente apresenta bom estado geral, com sintomas leves, sem necessidade de suporte de oxigênio", diz a nota.
Vacinação
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Aos 62 anos, Zeca já recebeu as duas doses da vacina contra a covid-19 e tem respeitado as medidas de isolamento social. Desde o começo da pandemia, o artista tem evitado sair de casa, deixando inclusive de ir a Xerém em diversas ocasiões para se preservar e preservar a família.
Assim como já aconteceu em outros casos, é possível que pessoas vacinadas - inclusive com as duas doses - sejam infectadas pela covid-19. Mesmo assim, especialistas garantem que a vacina é a melhor alternativa contra a disseminação do vírus. Pelas redes sociais, a equipe de Zeca reforçou mais uma vez que a vacina, apesar de essencial, é apenas uma das medidas a serem tomadas no controle da pandemia. "Mas fica o alerta: a pandemia não acabou! Cuide-se, use máscara, vacine-se!", diz o texto. 
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A presidente da Sociedade de Infectologia do Rio de Janeiro, a infectologista Tânia Vergara, afirmou, em entrevista ao DIA, que todas as vacinas aplicadas no Brasil são eficazes e explica que elas se passam por agentes infecciosos e, assim, estimulam as defesas a produzirem anticorpos contra o agente agressor. Dessa forma, os imunizantes são capazes de ensinar o corpo a combater de maneira eficaz o invasor. Quando ocorre a exposição ao agressor de verdade, o organismo se lembra (memória imunológica), reativa a defesa e o agente infeccioso não vai conseguir atuar livremente. O sistema de defesa do hospedeiro limita essa ação e poderá impedir que o infectado adoeça ou, no caso de adoecer, os sintomas sejam mais leves.

"A primeira coisa que precisamos ter em mente é que nada, nenhuma vacina ou mesmo medicamento é 100% eficaz para 100% das pessoas. Existem os casos de falha vacinal. Esta situação está relacionada ao indivíduo e não ao tipo de vacina. Depois, precisamos entender que o sistema imune difere, de pessoa a pessoa, a capacidade de montar uma resposta imune eficaz, varia com a idade, com a presença de comorbidades, outras condições e doenças, que podem influenciar a imunidade e a resposta ao desafio imposto pela vacina pode diferir de uma para a outra", ressalta a infectologista.

"As pessoas podem morrer sim por complicações da covid-19, porque mesmo tendo a vacinação completa, nós temos que lembrar que as pessoas são diferentes, reagem de formas diferente à vacina e também têm as suas comorbidades. Às vezes, o paciente está em um processo de um tumor, de um câncer, um enfisema pulmonar, um quadro grave de diabete, e ao contrair, pode haver uma piora significativa dessas questões clínicas e o paciente vir a óbito", explicou a psiquiatra e geriatra Roberta França.