Belo e Gracyanne completam 15 anos juntos este anoFarhat/ Divulgação

Rio - 'Sou muito verdadeiro em tudo o que faço'. Esse é o segredo de Belo para o sucesso em sua casa e na carreira. Há 30 anos, o cantor embala o público com canções que falam sobre o amor. E, mais uma vez, o pagodeiro traz canções que tocam o coração na terceira edição do projeto Belo Future, em que interpreta músicas que representam sua essência. Em um bate-papo exclusivo com O DIA, o músico fala em primeira mão sobre 'Você e Eu', composto pelos hits “Que sorte a nossa”, “Mesmo sem estar” e “Eu Já te amava”, lançado na última sexta-feira. 
 
"Esse projeto vem com músicas que eu ouço fora dos meus shows. O primeiro foi o 'Love'. O segundo foi o 'Fé', em que a gente celebra a família. Passamos por um período difícil da pandemia, da reclusão. Então, trouxemos essa palavra de conforto, de fé. Este é o 'Você e Eu',  que fala sobre amor. É um trabalho que fala sobre amor em geral. Não só do amor entre homem e mulher. Mas do amor entre mãe e filho, amigos. Do amor de forma geral, independente de sexo, cor, religião, orientação sexual", frisa Belo. 
O clipe vem com uma pegada bem diferente do que os fãs do cantor costumam ver. Nele, tem até beijo entre dois homens. "Esse clipe é diferente. As pessoas que estão nele trabalham comigo", comenta ele, que quase não se manifesta sobre questões relacionadas a homossexualidade, intolerância religiosa. "Eu acredito no amor de todas as formas. O amor transforma. Eu sou a prova disso. O amor supera qualquer coisa. Minha esposa me fez dar um 360 na minha saúde, estética, na minha vida pessoal e profissional. Essa guinada na minha casa foi importante. Encontrei uma pessoa que me faz feliz, que fez com que eu lutasse mais pelos meus ideais. O 'Você e Eu' é a celebração do amor. E amor não é só sexo. Abrange muita coisa. Ele é tudo. Um abraço é um ato de amor, por exemplo. E o amor não acontece só entre homem e mulher", finaliza. 
Belo fala sobre o amor com propriedade. Ele confessa que seu romantismo vem de berço. "Eu comecei a ser muito romântico dentro da minha casa. Meu pai tinha uma forma de agir muito carinhosa com a minha mãe, mesmo eles sendo na época muito pobres. Ele tirava o dia de folga para fazer piquenique com ela. Sempre dava flores, comprava cidra, e celebrava o amor com ela. Aprendi isso com o meu pai. Eu lembro que chegava no dia 10, ele, que recebia o pagamento dentro dentro de um envelope fechadinho, entregava na mão da minha mãe da mesma maneira que recebeu. Eu achava aquilo de um carinho e confiança tão grandes. Meus pais eram muito companheiros. Então, eu era um menino de 10, 12 anos, que falava de amor. Eu via isso dentro da minha casa. Eu ouvia canções de amor com a minha mãe. Lembro dela ouvindo e chorando. Comecei a prestar atenção naquilo. Essa é a minha história. E hoje eu posso fazer parte da história de outras pessoas com a minha música, através da minha voz. Eu em 30 anos de carreira nunca mudei minha forma de cantar". 
Há tanto tempo na estrada, Belo conta que vê diferentes gerações em seus shows. "Tem isso, dos pais terem me acompanhado, os filhos gostarem, passarem o amor por mim para os filhos deles. É muito legal ver isso. Estar tanto tempo na mídia me proporciona isso", diz o cantor. E para quem curte o trabalho do pagodeiro, nesta sexta-feira, ele se apresenta no Ribalta, na Zona Oeste do Rio, a partir das 20h30.
Debutante do amor
Este ano, Gracyanne Barbosa e Belo comemoram 15 anos juntos. "É bodas de cristal", destaca a musa fintess, que se declara. "Ele é o melhor marido do mundo, melhor homem". O cantor não fica atrás. "Todos os anos nós celebramos nosso amor. Somos um casal muito fechado, temos nosso mundo. Eu gosto de no tempo livre me dedicar a minha família. Sempre estamos juntos. Eu tenho a melhor mulher do mundo. A Gracyanne é um doce, compreensiva, carinhosa. Até para brigar, (risos). Vou te confessar que nunca dormimos brigados. A gente não resolve nada no dia seguinte. São 15 anos de uma vida toda. Penso em ficar bem velhinho com ela, morando em uma fazenda...", diz ele. Ao ser questionado se pensa em se aposentar, Belo avalia: "A música não se aposenta, ela é eterna. As pessoas sempre vão poder acessar meu acervo musical. O que pode acontecer é eu diminuir o fluxo dos palcos. Mas mesmo assim posso continuar fazendo música".