Rio - Luigi Baricelli usou seu Instagram, nesta quarta-feira (14), para explicar porque não é nem vegano nem carnívoro. O ator e apresentador se autodenomina "spiritual innovator", termo que ele mesmo criou depois de um processo de autoconhecimento e evolução pessoal, ao qual se refere como "despertar". Em suma, ele explicou que é adepto do equilíbrio e afirmou não ter deixado de consumir bebida alcoólica.
fotogaleria
"Não bebo mais? Isso não existe. Existe é que não tomo álcool para fazer os meus trabalhos espirituais, mas, num momento de celebração, vou celebrar. O radicalismo não faz parte da minha vida, é o equilíbrio. O equilíbrio é a melhor forma de existência que a gente pode ter. Porque, através dele, você passa para um outro grau. Não se defina. Aprenda com a vida. Faça: isso aqui é mais sutil, isso aqui é mais denso", contou.
Com um visual de tranças, inclusive na barba, Luigi explicou por que não se intutula nem uma coisa nem outra. "Vegano ou carnívoro? Nenhum dos dois. Sabe o que acontece? Quando você se autointitula alguma coisa tem que ter coerência em fazer aquilo, mas você tem que saber primeiro por que você faz aquilo e aí você trabalha uma coisa chamada coerência. Alimentação serve para quê? Para nutrir o corpo, certo? Quais são os elementos que nutrem o corpo, o que é bom para o corpo e o que não é?", argumentou.
"Você, empiricamente, sabe, pela sua experiência, que aquilo que te incha não é bacana, aquela comida que depois te dá má digestão não é bom, aquilo que te dá prazer e leveza é bom. É como ginástica: é ruim, mas depois é bom (risos). Então tem coisas que podem, dentro da alimentação, ser boas e boas. Não precisam ser ruins para ser boas, ou boas para ser ruins. Esse é um conceito interessante porque quando você entende aquilo que funciona para você, por exemplo... Se eu vou contemplar, eu quero meditar ou fazer uma oração, você vai comer uma feijoada? Não é isso, você não vai conseguir. Depois da feijoada você quer dormir. Porque aquele alimento usa muita energia do seu corpo e não dá espaço para você fazer outras coisas", exemplificou.
O ator então finalizou dizendo que a alimentação também é um processo cultural. "Numa competição de maratona, você vai comer carboidrato, para cada coisa tem uma coisa específica. Lógico que o vegetariano, o veganismo é um processo mais sutil e melhor. Mas hoje tem tanto produto vegetariano e vegano industrializado que é péssimo para saúde, é pior do que o produto que não é vegano. Então o entendimento disso... Quando mais natural, melhor. Para que serve a carne? A carne serve no processo de mentalidade para você aterrar. Vai falar para um esquimó ser vegano. Não tem como. Ele não tem como plantar lá, e ele é menos espiritual que o outro? Não. Mas dentro da necessidade dele é o que ele tem e é o que ele faz e ele está ótimo. Então não dá hoje, com tanta tecnologia, para utilizar de comidas densas, mas elas fazem parte da cultura humana. Por exemplo, os judeus comem uma carne que é preparada espiritualmente, como os índios faziam, na caça eles agradecem pela caça, como os incas fazem quando vão comer a lhama, agradecem pelo casaco com a pele dela e o alimento. Limpar esse processo cultural não é simples. Tem que ser através do que você fala", concluiu.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.