Junior Lima ironiza apoio do tio, Chitãozinho, a BolsonaroReprodução/TV Folha/Instagram

Rio - Junior Lima usou as redes sociais, nesta terça-feira, para reafirmar sua posição contrária ao governo de Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição neste ano. Em postagem nos Stories do Instagram, o cantor alfinetou o tio, Chitãozinho, por participar de um encontro com o presidente no Palácio da Alvorada, na segunda-feira.
"Votar é um ato de muita responsabilidade, porque não se vota pensando em si mesmo somente, mas coletivamente. E para isso é preciso mais consciência, mais aprofundamento na realidade de todos. Por ter, pessoalmente, feito cada vez mais essa busca, sou contra o governo atual e escolho um caminho diferente do que vi nos últimos quatro anos", disse o produtor musical. 
O filho de Xororó e ex-dupla de Sandy ainda acrescentou: "Faço isso, mesmo em um cenário de escolha muito distante do que enxergo como ideal, mas consciente de que é preciso mudar", afirmou, sem declarar explicitamente seu voto no ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT).
Em seguida, Junior finalizou ironizando o apoio do tio ao atual chefe do Executivo: "Novos estudos apontam: toda família tem um 'tiozão do zap'", completou ele. Além de Chitãozinho, outros sertanejos como Gusttavo Lima e Zezé Di Camargo também estiveram no encontro desta segunda-feira. "O presidente Jair Bolsonaro foi, em todos os tempos, o presidente mais sertanejo que já tivemos no Brasil", disse o cantor, durante o evento.
A postagem de Junior Lima vem depois de João Guilherme dizer estar "enojado" com o posicionamento político do pai, o cantor Leonardo, que também participou da reunião com o presidente. "Peço desculpas pela falta de educação e de sensibilidade do meu pai. Eu amo ele, por isso peço perdão. Temem tanto o 'Perigo Vermelho' e a mão do Bolsonaro tá cheia de sangue", detonou o ator em publicação no Twitter.
Nas redes sociais, internautas resgataram um vídeo de 2017 em que Junior Lima deixa bem clara sua oposição a Bolsonaro. "Hoje em dia, nós vemos discursos que não são diferentes dos discursos da época do nazismo, com Hitler", declarou o músico, em entrevista ao programa "Pensando Alto", da TV Folha. "Ninguém para pra ver que isso acontece, de uma forma mais diluída, com a intolerância que se prega, com gente dentro do governo com discurso racista e homofóbico", criticou.
"Não é possível o discurso de ódio que esse cara (Bolsonaro) tem. Discurso de ódio não vai me convencer nunca, porque não é por aí", disse ele. "Antigamente eu tinha medo de me colocar e desagradar. Não dá para ter medo de falar. Tem que ter medo do mundo como ele está", encerrou o cantor.
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