Carmo Dalla Vecchia Reprodução/Instagram

Rio - Carmo Dalla Vecchia usou as redes sociais, nesta quinta-feira, para detonar a Fifa por escolher o Catar como sede da Copa do Mundo 2022. Em vídeo publicado no Instagram, o ator questionou a organização pela decisão, citando as políticas homofóbicas do país em que a homossexualidade é tida como um crime que leva a penas de oito anos de prisão ou até mesmo de morte.
"Você iria a uma festa onde não é bem-vindo e onde pessoas como você não são bem-vindas? Onde os convidados são intimados a se calarem? E se o anfitrião dessa mesma festa te tolerasse, te suportasse, desde que você se condicionasse ao que eles chamam de cultura?", começou o galã, que é casado com o autor João Emanuel Carneiro, com quem é pai de Pedro, de 3 anos.
"E se você soubesse que antes de chegar, e após sair, desta mesma festa irão hostilizar pessoas por amarem do mesmo jeito que você ama? É isso que está acontecendo agora na Copa do Mundo no Catar, a primeira Copa no Oriente Médio. Consideram que homossexuais, como eu, têm danos mentais, ou seja, ser gay, lésbica, trans, no Catar, dá cadeia e é altamente reprimido", declarou o ator de "Cara e Coragem", da TV Globo.
Em seguida, Carmo ainda destacou a importância da Copa do Mundo como um evento em que as diferenças deveriam ser respeitadas. "Cultura deveria unir povos. Morte e maus tratos pela diferença não é cultura, é crime. Até o futebol, que era visto como um esporte machista, mudou e, atualmente, muitos ícones do esporte se manifestam contra essas ameaças de punição que a Fifa está impondo. Por que a Fifa permitiu um evento desse tamanho em um país onde não nos aceitam?", perguntou ele, ao final do vídeo.
Nesta quarta-feira, os jogadores da Alemanha se manifestaram antes da partida contra o Japão, em Doha, no Catar. Os alemães colocaram a mão na boca durante a foto oficial, em protesto contra o veto da Fifa sobre a utilização das braçadeiras da "One Love", uma campanha para combater a discriminação no futebol, com um coração pintado em listras de seis cores e o número 1 no centro.
"Queríamos usar nossa braçadeira de capitão para nos posicionar sobre os valores que defendemos na seleção da Alemanha: diversidade e respeito mútuo. Junto com outras nações, nós queríamos que nossa voz fosse ouvida", disse uma nota divulgada pela federação alemã sobre o protesto.