Juliana Jesus mostra tatuagem feita em homenagem a Léo SantanaMarcela Ribeiro/Agência O DIA

Rio - Léo Santana lotou um clube na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, na tarde de quinta-feira, 14, para a gravação de seu novo projeto, PaGGodin, no qual canta sucessos de pagodes antigos e novos - alguns autorais - com a participação especial de Thiaguinho, Ferrugem e Xande de Pilares.


Ludmilla estava confirmada e era esperada por boa parte do público e até pelo artista, que, por volta das 19h30 comunicou a ausência da artista por conta de um problema de saúde. Nas redes sociais, ela também soltou um comunicado informando que está com uma intoxicação alimentar.
Bem antes disso, por volta das 14h30, desde que os portões do local abriram, uma fã chamava a atenção ao ficar em frente ao palco, debaixo de um forte sol segurando um presente que levou para seu ídolo.

A gerente de loja Juliana Jesus, natural de Salvador, é moradora do Recreio e fã de Léo Santana desde 2015. Ela gastou R$ 700 para tatuar a imagem do artista em seu braço.

"Trouxe uma caneca com a foto dele, uma carta e a tatuagem que eu fiz na segunda-feira", contou ela enquanto apontava para o braço com o desenho inspirado em uma foto do artista.

"Eu sou viúva há dois anos. Meu marido falava que eu só faria uma tatuagem do Léo Santana quando ele morresse. Ele morreu e eu fiz", disparou.

"Admiro muito a humildade dele. Amo a música 'Negro Lindo', que foi quando ele estourou no Parangolé", completou.

Sonho de molequinho

Léo estava empolgado e emocionado com a realização do projeto e disse que é um desejo antigo, 'de grande nível '.

"Eu ficava nessa dúvida e certeza, até porque é um gênero que requer muita responsabilidade de cantores incríveis, de compositores incríveis. E a minha maior preocupação era o repertório. Pensei assim, caramba, eu vou gravar o quê? Creio eu que, em 20 e poucas faixas, eu tenha separado diversas canções incríveis, tanto autorais, de composição minha com outras antigas, e também grandes clássicos de Arlindo Cruz, Xande de Pilares, Pixote. Tem que ser mesclados mais antigos até os atuais. E é difícil porque tem muito grupo já no gênero".

No setlist, além de canções autorais e de seus sucessos baianos, Léo cantou "Apaixonadinha", de Marília Mendonça e "O Bem", de Arlindo Cruz, um dueto com Xande de Pilares no palco.

"Esse PaGGodin eu estou apaixonado de uma forma que vocês não têm noção. Acho que é porque também os outros DVDs sempre foi Léo Santana, e esse aqui por ser um sonho desde molequinho, está mexendo muito comigo de uma forma que nenhum outro audiovisual mexeu", disse ele nos bastidores do evento.