L7NNON conta com parcerias de Anitta e do rapper Central Cee no novo álbumDivulgação/ Igor Furtado

Rio - Depois de quatro anos desde seu último álbum, L7NNON lançou recentemente o disco "Irrastreável", com 31 músicas retratando "a vida como ela é", segundo o próprio cantor descreve em entrevista ao DIA. O artista, que coleciona colares de ouro e muitos hits, fala sobre as parcerias com Anitta e o rapper britânico Central Cee, reflete sobre sua carreira ao longo dos anos e ressalta a importância do rap na sociedade. "Ferramenta de mudança social". Confira!
Você lançou seu álbum 'Irrastreável' depois de quatro anos desde o último. Algum motivo para a distância entre um e outro?
Desde que eu lancei meu último disco, em 2020, eu estive me preparando para esse novo álbum. Seja no estúdio, nas minhas vivências ou evoluindo como artista.
O que você acha que mudou na sua música nesse período?
Esse disco retrata exatamente a vida como ela é. No final do dia, eu continuo sendo a mesma pessoa. Eu me mantive íntegro, leal e real. Eu não deixo a desejar nesse quesito e nessa área da minha vida. Então, para mim, esse disco é a junção de todos os meus projetos anteriores no meu atual momento musical.
Como foi o processo de criação do novo álbum?
Nesse álbum eu pude trabalhar com parceiros de longa data, pessoas que admiro demais, amigos próximos, e outras pessoas que nunca tinha trabalhado antes que chegaram somando com uma energia única. Então, foi uma experiência muito maneira de criar.
'Irrastreável' conta com grandes parcerias, inclusive Anitta e o rapper Central Cee. Como surgiram essas colaborações?
A parceria com o Central Cee foi bem maneira. Aconteceu por conta de uma ponte da Anitta. Ela é uma grande amiga que já me ajudou inúmeras vezes na minha carreira. Um dia ela me mandou o link do Instagram dele e perguntou se eu o conhecia e eu falei: "claro". Ela disse que ele estava no Rio e perguntou se podia passar meu contato para a gente conversar. Ele me chamou, nos encontramos no estúdio, eu apresentei algumas batidas para ele, que curtiu uma, já escreveu a parte dele e me chamou para participar da música. Já a música com a Anitta, estava guardada por algum tempo. Mandei para ela, pois achei que combinava e ela super se amarrou.
Para a divulgação do novo álbum, você contou histórias de pessoas periféricas de todo o Brasil. Pode falar um pouco mais sobre essa ideia?
Realengo é o local onde eu fui nascido e criado. Foi onde eu formei meu caráter e onde o Lennon se tornou L7NNON. Nada mais justo do que retratar a realidade dali, que era a minha realidade também. Retratar a realidade de milhares de pessoas que fazem parte do meu círculo pessoal, que eu conheci na infância. Retribuir sempre.
O rap nacional tem tido grande destaque nas paradas musicais. O que isso representa para você?
Nós representamos um gênero que salvou e ainda salva a vida de muita gente. O rap é uma ferramenta de mudança social, sabe? Então, eu me sinto muito feliz de saber que cada vez mais gente está conhecendo um pouco mais da nossa cultura e entendendo a sua importância.
Com uma vida intensa e agenda corrida, o que faz para se reconectar com você mesmo?
Eu gosto de me cercar dos meus amigos, de quem é de verdade, quem me quer bem, amigos de infância, andar de skate com a rapaziada...
Quando você acha que foi o 'boom' da sua carreira? Como se sentiu ao perceber que as pessoas estavam curtindo o seu som?
De início, a minha ideia era viver do skate e soltar música por hobby, algo que eu acho "daora" fazer. Em nenhum momento, parei e pensei que minha vida seria música. Só que eu soltei a primeira e a galera gostou. Começaram a me pedir mais lançamentos, comecei a ser convidado para fazer parcerias em músicas de outros artistas e quando fui ver, a parada tinha fluído.