Zé Neto e Cristiano se apresentam no Rodeio de JaguariúnaEduardo Martins / Agnews

Rio - Cristiano desabafou sobre o afastamento dos palcos por três meses para sua dupla, Zé Neto, tratar a depressão e síndrome aguda de pânico. Em um relato emocionante, publicado no Instagram, o artista demonstrou apoio ao parceiro, relatou o consumo exagerado de álcool dele e classificou uma das doenças como "câncer da alma".
"Depressão é o câncer da alma. É algo que leva a morte, mesmo sem aparecer em nenhum exame. É uma doença que não escolhe, cor, raça, gênero ou classe social. Ele vem quando menos se espera, ela não tem uma causa determinada, ela vem de uma somatória, e principalmente por preconceito de terceiros e de si mesmo...", disse em um trecho da postagem. 
Em outro, Cristiano citou a luta de Zé contra a depressão. "Luto com o meu irmão há quase quatro anos, tentando de toda forma ajuda-lo a se levantar, convivendo com isso, sofrendo com isso, sem poder falar a verdade, sem poder pedir socorro. Eu sei o que vivi nesses quatro anos como ninguém. O Zé me chama de irmão mais velho, e eu sempre me senti na obrigação, e por amor, de cuidar dele durante esses quase 15 anos de carreira. E não existia mais saída, não tinha opção, era preciso parar, dar um tempo", explicou.
Em seguida, o artista disse que o importante para ele é ver a melhor do parceiro, que estava bebendo muito. "Não me importo com a fama, com o desaparecimento da dupla, do esquecimento, eu me importo com quem eu amo!  Jamais me perdoaria se perdesse o Zé, pois eu prometi quando tudo isso começou, que daria até minha ultima gota de sangue por ele, e garanto que estou cheio de sangue. Ele estava bebendo? Sim, muito, exageradamente, mas quando se esta doente, alguma coisa precisa anestesiar aquela dor para se seguir em frente. Alguns caem nas drogas, outros no álcool, outros no suicídio. Conseguimos parar a tempo de não evoluir para o fim trágico", comentou.
Por fim, o sertanejo se mostrou aliviado por Zé estar sendo tratado: "Eu tirei um espinho da garganta, de sempre ter que fingir que está tudo bem, quando não está… Se eu deveria estar triste? Não sei, o que sei que estou feliz e aliviado por finalmente isso ser tratado da maneira que deve. Em 15 anos de carreira quase nunca nada foi fácil para mim e para ele. Sempre vivemos de superação, e dessa vez não vai ser diferente. Voltaremos fortes como sempre. Agora fica um breve adeus".
 
 
 
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