Rio - Cristiana Oliveira, ícone da TV brasileira, 60 anos de vida e quase quatro décadas de carreira. Conhecida por papéis memoráveis como Juma Marruá em "Pantanal" (1990) e Tati Tarantini em "Quatro Por Quatro" (1994), a atriz compartilha sua trajetória e reflexões. Entre histórias de bastidores e lições de vida, Cristiana deixa claro que cada experiência a moldou de maneira única. "Não me arrependo de nenhuma experiência que vivi: fiz o melhor que podia", afirma.
fotogaleria
Em entrevista ao Gshow, a atriz relembra seu primeiro trabalho, que aconteceu em "Kananga do Japão" (1989), da extinta TV Manchete, onde, segundo ela, a insegurança era uma constante. "Insegura eu sou até hoje, acho que faz parte do ator. Atuar não era um sonho, aconteceu", revela.
Durante as gravações de "Pantanal", um momento de tensão marcou a memória da atriz. Ela relembra um quase acidente em um avião de pequeno porte. "Era um teco-teco, quatro lugares... Perguntei: 'Esse avião vai cair?'. O Paulo Gorgulho me tranquilizou, mas eu só relaxei quando beijei o chão do Pantanal", brinca.
O peso de personagens icônicas Juma Marruá é um dos papéis mais marcantes de Cristiana, e até hoje a personagem a acompanha. "Eu sou uma 'Odete Roitman' da vida. Ela vai me acompanhar a vida inteira", diz, referindo-se ao estigma de ser sempre lembrada por um único papel.
Na Globo, sua carreira continuou em ascensão, e o desafio de atuar ao lado de Tarcísio Meira, em "De Corpo e Alma" (1992), foi um marco. "Fazer par romântico com ele foi difícil. Eu já tinha um respeito enorme por ele, então, para beijar, era muito estranho", conta, com bom humor.
Crise dos 60? Nas redes sociais, Cristiana compartilha sua rotina de cuidados com a saúde, como yoga e exercícios físicos. Ela destaca a importância da alimentação e os hábitos saudáveis: "Cuido da minha alimentação, não fumo, bebo pouco... Vivo minha vida um dia após o outro".
A atriz também reflete sobre o rótulo de "sex symbol" que recebeu nos anos 90. "Nunca me senti sexy. Acho que os outros me elegeram, mas sempre me entendi muito bem com a câmera", afirma.
Sobre as cenas de nudez em "Pantanal", Cristiana diz que as encarava com naturalidade: "A Juma é dali, nasceu naquela natureza toda. A Cristiana estava pouco se lixando se tinha barriga ou não", relembra.
Cristiana reflete sobre o envelhecimento de forma leve. "Crise dos 60? Nunca tive. Sou uma pessoa cheia de energia. Reconheço os erros e tento aprender", diz, destacando a importância de aceitar as mudanças do corpo com humor: "A flacidez é terrível, celulite pior ainda, mas estamos vivos".
Em um relacionamento com o empresário Sergio Bianco há mais de seis anos, a atriz não pensa em casamento formal. "Já estamos 'juntados'. Respeitamos muito a individualidade um do outro. Se eu não estivesse com ele, estaria bem sozinha", afirma, reforçando sua independência.
Mãe de duas filhas e avó, Cristiana se define como uma pessoa protetora e grata pelas oportunidades. "Mexer com os meus, não pode! Sou grata por tudo que vivi e me transformei em uma mulher de caráter", conclui.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.