Rio - Monique Curi revelou que já teve de lidar com a síndrome do pânico. Aos 57 anos, a atriz - que está no ar na reprise de História de Amor nas tardes da Globo - fez a revelação enquanto entrevistava o ator Marcelo Serrado, de 58, em seu podcast, A Virada de Chave. Monique se abriu após ouvir o relato do amigo, que também enfrenta a condição associada a crises repentinas de ansiedade aguda, marcadas por medo e desespero.
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O relato de Serrado comoveu Monique, que falou pela primeira vez sobre a síndrome de pânico que teve quando Pedro Almeida, filho do autor Manoel Carlos, morreu em 2014, no auge de seus aos 22 anos por consequência de um mal súbito.
"Eu convivi muito com o Pedro. Sempre fui muito amiga da família do Maneco e gostava muito dele e ele de mim. Perdemos um pouco o contato quando ele cresceu e foi morar em Nova York. Um ano antes disso acontecer, estive em Nova York e saímos para almoçar: eu, ele e a minha filha, Victoria. Ele sempre um querido. E a morte dele tão de repente, tão do nada, me desnorteou completamente. Você ver um menino tão novo, que você adora, ir dormir e não acordar é muito impactante", contou.
"Naquela mesma época, um amigo meu chamado Fabrício, de 32 anos, foi lutar jiu-jítsu, caiu duro e morreu. Um menino lindo. Então alguma coisa aconteceu comigo, que a partir dali, eu ficava chorando o tempo inteiro e comecei a achar que como eles tinham morrido tão de repente, eu também poderia morrer a qualquer momento. Minha vida se tornou um inferno porque eu só chorava e achava que iria sair na rua e morrer”, completou Monique.
Monique disse que sofreu muito na ocasião. "Aquilo começou a me paralisar. Sentia dor no meu coração, procurei o cardiologista que fez todos os exames e não achou nada, então me encaminhou para o psiquiatra que me disse que eu estava começando a desenvolver a síndrome do pânico. Só que eu pedi ajuda muito rápido. Entrei com medicação e continuei fazendo muita atividade física. Fiz seis meses de tratamento. Eu nunca soube administrar muito bem essa coisa de morte", revelou a atriz, que voltou a ter outra crise recentemente, quando sua filha estava morando na Espanha.
"Ela morava na Europa e viajava muito, ia para tudo quanto é canto. E aí teve a área da rave em Israel, que foi atacada pelo Hamas. Nesse mesmo período eu ia a encontrar e passar uns dias com ela. E ali entrei no mesmo pânico. Tinha certeza absoluta que a Victoria e eu iríamos morrer", acrescentou.
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