show do Roupa NovaFotos de Babi Furtado e Dantas Jr.
Roupa Nova: mais que um show, uma experiência inesquecível!
Público esgotou ingressos no Qualistage, no sábado, na primeira das duas apresentações que a banda faz na casa no mês de junho
No último sábado (15) fui assistir, na companhia da minha namorada Roberta, ao show do Roupa Nova, no Qualistage, na Barra da Tijuca. Confesso que eu estava receoso quanto à apresentação, pois nutria a dúvida se ela seria “ótima” ou apenas “boa”, em razão da ausência do Paulinho - falecido em 2020 vítima da covid-19 - com quem eu tive o prazer, no início dos anos 2000, de tomar umas, batendo papo leve e descontraído, no fim de tarde de um dia de semana comum de verão, em um boteco perto da Avenida Maracanã, na Tijuca, bem ali na região que ele morava desde criança. Mas essa é uma outra estória, que ficará para futura crônica.
Minha dúvida no sábado, entretanto, fazia pequeno sentido, já que era o quarto show que eu assistiria da banda, o primeiro sem Paulinho. Como seria? Qual o clima? Haveria sensação de estar faltando algo?, eu me perguntava, há poucos instantes do início.
Todavia, os ingressos esgotados já prenunciavam a noite mágica que estava por vir. Diante de uma plateia composta por três gerações, o talentosíssimo Fábio Nestares, o novo integrante do Roupa Nova, presenteou a todos com sua voz potente e afinada, comprovando que merece estar ali empostando o microfone, que o saudoso Paulinho dera expediente por quase 40 anos.
Me faltam adjetivos para descrever o espetáculo: único, emocionante, fantástico, animado, contagiante, romântico... Durante a apresentação, que durou 2h15 minutos, o público, em êxtase, cantou - e dançou - sucessos como Anjo, Canção de verão, Volta pra mim, Dona, Meu universo é você, Seguindo no trem azul, A viagem e Coração Pirata, entre tantos outros, além de canções internacionais famosas do cinema.
Cleberson Horsth, Kiko, Nando, Ricardo Feghali, Serginho Herval, Fábio e Paulinho (in memorian) fizeram do programa uma experiência absolutamente inesquecível! Saí de lá com a alma lavada e a certeza de que o Roupa Nova se supera, se reinventa.
Em tempos de inteligível e crescente decadência da MPB (salvo raras exceções), o Roupa brinda-nos com uma qualidade musical inquestionável, e mostra que seu sapato velho ainda têm fôlego para calçar nossos corações, com muito amor e profundidade, por mais algumas décadas.
Ah, vale ressaltar, conforme a minha amiga jornalista Rozângela Silva me fez lembrar, no próximo dia 30 haverá show extra do Roupa Nova, no mesmo palco.
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