Gabriela Prioli é entrevistada por Pedro BialReprodução de vídeo

Rio - Gabriela Prioli falou sobre a amizade com Anitta durante o "Conversa com Bial", na noite desta quinta-feira (23). A apresentadora do "Saia Justa", do GNT, explicou que elas se conheceram através de seu marido, Thiago Mansur, e se aproximaram mais após uma viagem. 
"Meu marido é DJ, eles faziam show juntos, fomos nos encontrando. Ela ama viajar até que em determinado momento viajamos juntas e a partir daí não desgrudamos mais. Nós somos muito parecidas. Publicamente sou mais docinho, mas na vida íntima é um pouco mais. A gente é decidida, firme. Nos gostamos demais. É uma relação muito gostosa", afirmou a jornalista. 
Ela ainda elogiou a Poderosa por buscar informações acerca de temas que não domina, como política, que decidiu aprender durante a pandemia. "Ela foi muito atacada. As pessoas têm coragem de criticar alguém que expõe publicamente sua vulnerabiliadade e sua ignorância, que é um traço comum a todas as existências. Somos todos ignorantes. Não existe uma pessoa que não seja. É muito nobre ser do tamanho que ela é e, em vez de comunicar uma imagem de perfeição, de alguém que não erra, que sabe tudo, para fazer todo o resto do mundo se sentir mal, falar: 'Deixa eu falar o que não sei'. Falta isso para discutirmos assuntos importantes."
Durante a entrevista, Gabriela também recordou a morte do pai, o contador Francisco Della Vedova, em um grave acidente de carro. "A gente estava voltando de uma chácara, que a gente tinha em Itapecerica da Serra, em São Paulo, ele ouviu um barulho no carro, parou no acostamento em um posto policial. O policial ficou ali mexendo no motor, ele foi para trás do carro pegar ferramentas, um carro perdeu a direção, prensou ele contra nosso carro e ele morreu na hora".
Ela estava no momento do acidente. "Tenho memórias que acho que minha consciência editou para evitar um pouco a dor. Foi um acidente muito grave. O carro que estávamos virou na contramão da rodovia e minha mãe teve que nos tirar de dentro dele...A minha lembrança é de tudo muito silencioso, claro e ela pegando a gente. Uma coisa que eu lembro é que ela colocou a gente em um lugar, sentados e foi ver o que aconteceu com o meu pai. Lembro das pessoas olhando... Meu pai é socorrido, minha mãe leva a gente para a casa de uma tia minha". 
Francisco morreu na hora da tragédia e coube a mãe de Gabi, Marta, dar a notícia aos filhos, que tinham quatro e seis anos à época. "Acho que nunca vou esquecer. Ela falou que estava muito difícil cuidar do papai aqui e os médicos o transferiram para o hospital do céu", comentou a jornalista, emocionada. "Lembro de pensar: 'Meu pai morreu' e automaticamente falar: 'Não, é o nome do hospital'. E o meu irmão perguntou: 'Ele morreu, mãe?', ela disse que sim e aí abriu um buraco em meu coração que existe até hoje. Não consigo falar dele sem chorar",  completou.