Larissa BocchinoPedro Sabino / Divulgação

Natural de Belo Horizonte, Larissa Bocchino tem roubado a cena em "No Rancho Fundo", da TV Globo, como Quinota. A personagem é mulher de Artur (Túlio Starling), e filha de Zefa Leonel (Andrea Beltrão) e Seu Tico Leonel (Alexandre Nero). Em entrevista ao MEIA HORA, a atriz de 26 anos fala sobre a estreia em  novelas, revela como tem sido contracenar com grandes atores, comemora o carinho que tem recebido do público e dá detalhes sobre sua personagem em "Guerreiros do Sol", do Globoplay. Confira! 
Larissa, 'No Rancho Fundo' é sua primeira novela da TV Globo. É uma realização profissional integrar o folhetim da emissora? Como está sendo essa experiência?
Está sendo incrível, maravilhoso, Acho que todo ator, em algum momento da vida, sonha em fazer novela. É uma obra que abrange o país inteiro, e é muito bonito ver esse movimento acontecer. Porque às vezes a gente apresenta um espetáculo e é um público mais restrito. Na novela, é inimaginável o tanto de pessoas que assistem. Várias vezes saio de casa e as pessoas me cumprimentam. Você fala: 'olha como seu trabalho esta chegando em tantas pessoas'. É bonito, uma realização profissional muito grande. A novela forma a cultura brasileira, as histórias permeiam o nosso imaginário coletivo. Me sinto muito privilegiada enquanto artista de poder fazer parte da história da teletramaturgia brasileira de alguma forma.
Você tem algo em comum com a personagem? Ela trouxe algum aprendizado?
Me identifico na Quinota no lugar dessa mocinha ingênua, que algum dia eu fui adolescente, romântica, idealizadora, com sonhos, essa sede de mundo e vontade de viver, de achar esses amores, essa independência... E aprendizado sempre traz também, porque a Quinota obviamente tem pontos em comum, mas tem pontos divergentes. A Quinota é uma personagem forte e determinada. Tem seus limites bem estabelecidos. Ela fala o que ela quer. Ela me ensina muito sobre isso: de se posicionar, de peitar o que vai contra ao que você acredita. 
Como tem sido contracenar com grandes nomes da televisão, como Andrea Beltrão, Alexandre Neto, Du Moscovis?
Essa é um das partes mais legais e um dos meus maiores presentes desse ano: poder trabalhar com artistas tão maravilhosos. Não só como atores, mas como seres humanos. A postura profissional dessas pessoas no set, como eles respeitam o ofício, todos os operários que estão ali com a gente... É bonito aprender com pessoas que admiro e que têm essa postura também tão bacana no set. Fico lisonjeada. 

Em algum momento da novela, a Quinota terá paz, Larissa? Porque ela já sofreu por amor e, agora, depois de casada, vai passar o maior perrengue com o marido sequestrado.
Isso é o mais legal em novela. Se a paz acontece, a novela acaba (risos). O legal são os conflitos ou essas peripécias. Acho muito divertido e legal quando está, meio assim, na paz e vem alguma coisa para balancear. É gostoso também ver como a Quinota se balança para ver as coisas voltarem ao equilíbrio de novo. Espero que não tenha essa paz mesmo porque eu me identifico com isso, essa montanha-russa. Então, vamos ver as próximas peripécias que vão aparecer. 
Você tem acompanhado a repercussão nas redes sociais? O que tem achado?
Acompanho um pouco, sim. Não sou muito de entrar nas redes sociais, porque o fluxo de trabalho é alto e eu fico mais concentrada. Mas quando entro, pesquiso a hashtag 'No Rancho Fundo' e tem muita coisa legal. Tem muita repercussão massa, as pessoas se identificam com a personagem. Obviamente, tem pessoas também que não se identificam e falam alguma coisa, mas os comentários positivos, de torcida, são muito maiores. As cenas da Quinota mais fortes, como mulher empoderada, que peita o Ariosto, a Deodora (Debora Bloch), são as mais comentadas. Os comentários, graças a Deus, estão sendo muito bonitos, positivos. Estou muito feliz com a repercussão e com carinho do público. Toda vez que eu saio, me pedem para tirar foto, me abraçam, falam que estão adorando a novela, adoram a Quinota.
- Você está no elenco de 'Guerreiros do Sol'. Pode adiantar algo da Ivonete pra gente?
Ivonete é dona de uma birosca. Ela é coiteira dos cangaceiros, do bando, e tem um envolvimento amoroso com o Josué (Thomas Aquino). É muito legal, porque é uma personagem diferente da Quinota, bem mais velha, mais madura. E traz um outro parâmetro feminino, de mulher, em outro lugar, outro contexto histórico, mas muito legal. Muito grata e ansiosa para assistir esse trabalho.
- Você é natural de Belo Horizonte. O que te motivou a mudar de cidade? Como surgiu esse amor pela arte?
Morei em Contagem a minha vida inteira, só mudei agora que surgiu a novela. Até quando eu gravei 'Guerreiros do Sol' e 'Vidas Bandidas', que é a série que vai estrear na Disney +  agora dia 21 de agosto, eu ficava indo e voltando para Rio de Janeiro. O que me motivou a me mudar realmente foi a oportunidade de trabalho. E o amor pela arte, acho que vem desde criança. Entrei no teatro com 11 anos e sempre me tocou muito, motivou minha alma. É uma sede de alma. E eu não me vejo fazendo outra coisa.
- Além do talento, você tem sido muito elogiada nas redes por causa de sua beleza. Esses comentários a envaidecem?
Fico muito feliz com essa repercussão. Tive um vídeo que viralizou do 'se a Quinota fosse a Carolina, do Luiz Gonzaga', da música "Cheiro de Carolina"'. Esse vídeo chegou a 26 milhões de visualizações. Foi um alcance muito alto. Nunca imaginei na minha vida esse número. Esse vídeo viralizou, porque as pessoas falaram que eu era 'uma beleza natural'. Minha autoestima não é muito assim..., mas achei bonito o movimento e fiquei até feliz... Nem sei se me envaidece, mas me dá certeza de que estou no caminho que é certo para mim, e me identifico. Foi importante ver esse negócio da beleza natural, e acho que ele me trouxe esse afago.