Eriberto Leão interpretará Robson em ’Mania de Você’Manoella Mello / TV Globo

Rio - Em breve, o público poderá ver Eriberto Leão, de 52 anos, em dose dupla na telinha. O ator está no ar como Tomé, cavaleiro e grande amigo de Tobias (Malvino Salvador), na reexibição de "Cabocla" (2004), no "Edição Especial", da TV Globo, e a partir do dia 9 de setembro dará vida a Robson, um executivo workaholic (viciado em trabalho) e machista, em "Mania de Você". Casado com Fátima (Mariana Santos), o personagem vive dando em cima de outras mulheres e fazendo duras criticas a sua esposa, que com o passar do tempo começa a sofrer muito com problema de autoestima.
"Estou entusiasmado com o fato de ter dois trabalhos exibidos ao mesmo tempo. Isso é muito bacana quando acontece, ainda mais porque são dois personagens distintos. Tomé é um homem de honra gigantesca, nobreza e força. Ele é correto, um grande amigo, sincero, verdadeiro, que cuidava de todos ao seu redor. Sua morte, por exemplo, ocorre quando ele dá a vida para salvar Tobias, personagem do Malvino. Ele é um grande homem de honra. Já o Robson, da novela "Mania de Você", será o oposto", adianta o ator. 
O artista lembra que foi em "Cabocla" que teve seu primeiro papel de destaque nas telinhas. "O Tomé foi o meu primeiro grande sucesso na carreira e representa muito para mim. Foi o início de uma parceria com Benedito Ruy Barbosa e Edmara Barbosa que perdurou por três novelas praticamente seguidas: 'Cabocla', 'Sinhá Moça' e "Paraíso". "Paraíso" me rendeu o prêmio de Melhor Ator no Melhores do Ano da Globo, uma conquista rara para uma novela das seis. Foi um divisor de águas para mim, realmente muito especial".
Ele ainda diz que sua preparação para o personagem foi intensa e contou com aulas de montaria. "Lembro-me do nosso treinamento de montaria no haras em Vargem Pequena. Eu e Malvino (Salvador) fizemos algumas oficinas de capinar mato, mexer com enxada e facão. Também recordo dos workshops de culinária, liderados pela Zuca (Vanessa Giácomo), que cozinhava no hotel dos pais dela. Toda a nossa preparação foi muito intensa, forte e, ao mesmo tempo, prazerosa", comenta. 
Ao lembrar algumas cenas marcantes desta novela, Eriberto dá boas risadas. "A mais divertida, curiosamente, foi a nossa cena inicial na raia. Os dublês não estavam conseguindo fazer a corrida, então eu e Malvino assumimos e fizemos tudo. Nos divertimos muito, apesar de ser uma cena de ação, porque estávamos afinados e realmente competimos de verdade para ver quem corria mais. Já tínhamos uma intimidade com os nossos cavalos, e fora isso, havia toda a disputa dos coronéis, Boanerges (Tony Ramos) e Justino (Mauro Mendonça), com aqueles ícones como o John Herbert, que interpretava o padre e confundia os nomes dos cavalos, que eram quatro e tinham nomes parecidos. A raia, ou corrida, foi muito divertida".
Por outro lado, a mais difícil de gravar foi a da morte de Tomé. "Essa cena é lembrada e comentada até hoje, sendo uma das cenas icônicas da novela", declara. Eriberto comenta que mantém até hoje a relação com os colegas de elenco do folhetim."Tive a honra de contracenar com praticamente todos: Sebastião Vasconcelos, Vera Holtz, Tony Ramos, Patricia Pillar, Mauro Mendonça, além dos atores da minha geração, como a Maria Flor. Foi realmente inesquecível. Nossa relação perdura até hoje; temos um grupo no WhatsApp e continuamos em contato", entrega.