Eli Ferreira opina sobre fim da professora Lu em ’Renascer’Guilherme Lima / Divulgação
Eli Ferreira avalia trabalho em 'Renascer' e revela como lida com a exposição
Atriz de 33 anos ainda integra o elenco da série 'Cidade de Deus: A Luta Não Para' e dubla a personagem Tédio em 'Divertida Mente 2'
Rio - Cria da Baixada Fluminense, Eli Ferreira, de 33 anos, integra o elenco de "Renascer", da TV Globo, que chega ao fim nesta sexta-feira (6). Na trama, a atriz interpreta a professora Lu, que ao longo da novela mostrou ser uma boa amiga, conselheira, despertou o interesse de Zinha (Samantha Jones) e José Bento (Marcelo Mello Jr.), com quem viveu um affair, e tem se aproximado cada vez mais do pastor Lívio (Breno da Matta). Questionada sobre o fim ideal para a personagem, a artista não titubeia.
"Vivendo o propósito de vida que é ensinar, sem precisar necessariamente de um par romântico. Essa ideia de que a gente precisa de um par romântico para ter um final feliz, acho que pode ser desconstruída já, né?! Não que não possamos amar. Eu mesma tenho meu par e amo! Mas entender o impacto que isso tem até hoje em especial nas meninas e mulheres. Acho que seria tudo bem ela ficar como está", opina Eli.
O desfecho da história da professora será descoberto pelo público apenas nesta noite, mas a atriz já avalia o trabalho e a repercussão do folhetim, exibido originalmente em 1993. "Quando um projeto lindo e importante deste chega ao final e temos o retorno positivo, é gratificante, porque entendemos que valeu a pena", destaca.
A boa notícia é que os fãs de Eli não precisam ficar com saudade de vê-la nas telinhas. A atriz está no ar na série "Cidade de Deus: A Luta Não Para", disponível nas plataformas de streaming Max e HBO, como Lígia. "É uma série muito bem contada, construída… Figurino, texto, direção, elenco, é uma equipe incrível. Fiquei muito feliz de estar nesse trabalho", celebra.
Já no cinema, Eli dubla a personagem Tédio no filme "Divertida Mente 2", sucesso de bilheteria. "Foi massa! Fiquei feliz quando convite para o teste chegou e mais ainda quando passei. Amo trabalhar com a voz. Eu narro, dublo há algum tempo. Mas esse foi o maior projeto até agora", afirma. Com a agenda cheia de trabalho, ela comenta que sua vida não está sendo um tédio. "Olha, há tempos não me sinto entediada. O autoconhecimento ajuda nisso. A gente precisa se observar se perguntar o porquê de alguns sentimentos, assim chegamos a raiz dele e assim podemos tratar".
Carreira
A trajetória profissional de Eli na televisão começou há 10 anos, quando participou da série "Sexo e as Negas", de Miguel Falabella. Em 2015, estreou nas novelas no capítulo final de "Império". Desde então, atuou em "Malhação: Pro Dia Nascer Feliz" (2016), "Tempo de Amar" (2017), "Órfãos da Terra" (2018), "Nos Tempos do Imperador" (2021) e "Mar do Sertão" (2022 - 2023). Com isso, ganhou mais notoriedade.
Sendo assim, a artista avalia as maiores dores e delícias da fama. "Tudo tem dois lados. Eu foco no lado bom, o carinho do público e reconhecimento do trabalho que faço. O cuidado e o respeito que tenho com a vida artística é o principal pra mim", afirma ela, que lida bem com a exposição. "Até aqui tudo tem fluído. Não existem limites ultrapassados. Tudo certo, sem desrespeito e sempre com muito carinho. É a consequência de um trabalho reconhecido".
De origem humilde, Eli entrega os cuidados com a saúde mental para não se deslumbrar com a fama. "O cuidado é se manter alinhado aos seus princípios. Tenho uma base forte! Minha família é de pessoas como eu e, se isso mudar, serão eles os primeiros a me puxarem para o eixo de volta".
Beleza
A artista já trabalhou como modelo e participou de alguns concursos de beleza. Ela, inclusive, ganhou o título de Miss Fotogenia, quando tinha apenas 17 anos. Logo depois, consagrou o segundo lugar no Miss Baixada e foi eleita Musa Negra. Em 2010, levou a melhor como Miss Belford Roxo e conquistou o terceiro lugar como Miss Rio de Janeiro. Linda, Eli diz que não se sente pressionada em estar sempre bela aos olhos do público. "Não me sinto. Estamos em um momento de luz própria e batalhando para desencantar destes padrões impostos pela sociedade. Existem dias em que nos sentimos o máximo e outros que não. É assim e está tudo bem".