Cauã Reymond Marcos Serra Lima / TV Globo
O ator destaca que César e Fátima são duas pessoas realmente dispostas a tudo para subir na vida. "Mas cada um tem seu limite, e isso é muito interessante. A Maria de Fátima é mais veloz, ela é o cérebro da dupla", complementa.
Frequentemente César aparece sem camisa ou com regatas, que ressaltam seus músculos dos braços, no folhetim. As cenas geralmente viralizam nas redes sociais e o galã se envaidece com os elogios. "Meu personagem é objetificado, e eu lido com isso há muitos anos. São muitos anos de carreira. Não me incomoda", diz o ator.
Para aparecer bem no vídeo, Cauã conta que intensificou a malhação, o que resultou em um bíceps mais definido. "Malho bastante e como pouco, comecei a fazer duas séries pesadas de pernas. Deus foi mais favorável comigo na parte de cima, até pelos esportes que pratico, surfe e jiu-jítsu, então corro atrás".
O artista também se alimenta bem e se preocupa com a saúde, mantendo a imunidade alta para não adoecer. "Desde que perdi minha mãe há alguns anos por uma doença super trágica, minha relação com a saúde e a vaidade mudou. Quero estar saudável e viver bem", explica Cauã. A mãe dele, Denise Reymond, morreu aos 55 anos de câncer no ovário, em 2019.
'Espero que não seja odiado'
Cauã admite que César é um cafajeste. "Mas espero que ele não seja odiado (risos). Se bem que cafajeste é uma pessoa que não presta, e isso não é legal. Mas, para mim, está sendo divertido interpretá-lo, porque é um personagem diferente de tudo que já fiz em novelas", comenta ele, que vive seu primeiro vilão.
Na primeira versão de "Vale Tudo", exibida em 1988, o personagem foi interpretado por Carlos Alberto Riccelli, marido de Bruna Lombardi. "Liguei para o Riccelli, pedi a bênção dele, e foi muito especial. Tentei falar com ele pelas redes sociais, mas não consegui. Até que tentei através da Bruna Lombardi e deu certo. Disse a ele: 'Quero pedir sua bênção porque você fez muito sucesso com esse personagem'. Ele foi muito carinhoso e me disse para fazer o César do meu jeito. Foi bem bacana. Fiquei amarradão com a forma carinhosa que ele me tratou, e ainda disse que acompanhava meu trabalho", vibra.
Cauã disse que se sentiu tão à vontade que até revelou que, além de fazer "Vale Tudo", quer fazer 'Riacho Doce'. "Não sou bobo, né? Já plantei a semente", brinca. Na minissérie, escrita por Aguinaldo Silva e Ana Maria Moretzsohn, exibida na Globo em 1990, Ricelli interpretou Nô Nunes.