Day Mesquita está na novela da Record e viveu a mulher de Edir Macedo no longa Nada a Perder - Pupin & Deleu
Day Mesquita está na novela da Record e viveu a mulher de Edir Macedo no longa Nada a PerderPupin & Deleu
Por BRUNNA CONDINI | brunna.condini@odia.com.br

Rio - E la é uma das protagonistas da nova superprodução bíblica da Record, ‘Jesus’. Day Mesquita dá vida a Maria Madalena e vai aparecer na TV bem diferente do clima cool destas fotos exclusivas. Produzida por Cesar Cortinove, ela diz que já teve um estilo mais clássico. Hoje, arrisca looks modernos. “Não sigo à risca tudo que é lançado ou reinventado na moda, mas gosto de estar antenada e incorporar ao meu estilo, o que e sinto confortável. Acompanhar esse mercado traz inspiração e novas ideias até para peças que já temos no guarda-roupa. A ocasião diz muito também, e gosto de ter certa versatilidade”, detalha.

Na pele da controversa personagem, Day conta que mergulhou na trama de época através da caracterização (além dos figurinos, ela está com um volumoso megahair), e da preparação. “Assisti a filmes e li livros para me aprofundar”, comenta a atriz, que voltou recentemente de gravações no Marrocos e se encantou pela cultura local.

CONSTRUÇÃO

Para se dedicar, a paranaense está morando no Rio. “Minha base familiar é toda do Paraná e sempre vou visitá-los. Nasci lá, mas cresci em São Paulo. Quando meus pais resolveram se mudar, eu tinha apenas 3 anos, então fui criada na capital paulista”.

E foi em São Paulo, aos 18 anos, que ela deu os primeiros passos no teatro. Aos 32, já soma 14 de trajetória profissional, tendo passado por emissoras como Globo, SBT e Band. Day sonha mesmo em viver do ofício que escollhando duro para isso. “Já são sete novelas, algumas séries, longas e peças de teatro”, contabiliza.

EMPODERADA

Na versão da Record, Maria Madalena não será retratada como uma prostituta. “Já conhecia a personagem bíblica de uma forma superficial. Descobri que há muitas confusões em torno da sua história. Em pesquisas de estudiosos e historiadores descobri que muitas das coisas que acreditava não eram a realidade. Na novela, a autora Paula Richard está contando a história dela de uma forma muito coerente”, observa.

“Ela será uma judia casada com um romano que retorna a Jerusalém após ficar viúva. Será uma mulher forte, inteligente e destemida, que anseia por conquistar sua liberdade. Será atormentada por sete demônios, e em cima disso muitas coisas vão acontecer. Até ela encontrar Jesusque a livra dos demônios que a perseguem. E a partir daí, passa a segui-lo, tornando-se discípula, quando testemunhará os sofrimentos, o julgamento, a condenação, a morte na cruz e a ressurreição de Jesus”.

RELIGIOSIDADE

Antes disso, a atriz interpretou no cinema Ester, esposa do bispo Edir Macedo no longa ‘Nada a Perder’ — e acaba de rodar a segunda parte do filme, inclusive. Vivendo personagens que transitam pelo universo cristão, ela fala sobre a própria religiosidade. “Tenho fé em Deus. Deus é amor e está dentro de todos nós. O amor é, ou pelo menos deveria ser, a base de todas as religiões, então é nisso que acredito”, afirma ela, admitindo se identificar com a filosofi a do budismo e do espiritismo.

Day revela os momentos de emoção que tem vivido como Maria Madalena. “A gravação das cenas da via-crúcis toda foi algo muito forte para mim. É explícito da pior forma o nível de crueldade a que pode chegar um ser humano. Esse acontecimento é o ápice da crueldade, mas o macro me fez pensar também no micro, nos pequenos acontecimentos do dia a dia em que podemos também estar sendo cruéis uns com os outros”, reflete. “Me deixa muito feliz fazer parte desse trabalho e ajudar a contar uma história sobre uma pessoa que tinha uma ideologia tão simples, mas tão pura e amorosa”.

FORÇA FEMININA

A atriz confia no amor como sentimento que motiva grandes transformações, e também no feminismo como ferramenta de mudança. “Acredito na igualdade de gênero, classe, raça, credos, ou seja, de uma maneira geral. Então, me considero feminista, sim, lembrando que feminismo não é o contrário de machismo. Feminismo é a busca por direitos iguais. Já estamos em um processo de evolução, mas ainda há muito a ser conquistado”, salienta.

E ela bota fé que viver Maria Madalena é uma oportunidade de falar de temas importantes. “Quando falamos sobre alguém que via o ser humano com igualdade, podemos incentivar um olhar mais amoroso. A arte tem esse poder de fazer as pessoas refletirem no que está sendo dito, e a discussão e a reflexão sobre um assunto são os primeiros movimentos para quebrar paradigmas e poder surgir um entendimento melhor, e talvez até uma mudança sobre algo. Falar sobre a história de Jesus é falar de amor, de diversidade, de respeito ao próximo. E Maria Madalena o seguiu porque se identificava com seu ideais”.

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