Adriana: gratidão pelo esporte - Divulgação
Adriana: gratidão pelo esporteDivulgação
Por Juliana Pimenta

Rio - Medalhista olímpica, Adriana Samuel tem usado a experiência da carreira no vôlei de praia para se dedicar a outras atividades. Dentre as contribuições da ex-atleta para a sociedade, duas propostas se destacam: o Projeto Sem Barreiras e a Escola de Vôlei Adriana Samuel. De onde surgiu essa vontade? Adriana explica. "Minha motivação veio do sentimento de gratidão por tudo que o esporte me deu. Eu pensava assim: Se o esporte transformou tanto a minha vida e do meu irmão (Tande), imagina o impacto que pode causar na vida das pessoas de classe sociais menos favorecidas", defende a ex-jogadora, que destaca o respeito, a humildade, a lealdade e a integridade como valores aprendidos com o esporte.

Além do prazer de ajudar o próximo, Adriana fala com alegria dos frutos colhidos com o trabalho. "O retorno é imenso! A energia que eu recebo dos alunos e familiares é muito maior do que energia que eu dou! Costumo dizer que a gente aprende muito mais do que ensina e recebe muito mais do que dá. Enfim, de todas as atividade que eu tenho, trabalhar com projetos sociais é a que me faz mais feliz", defende.

Empreendedorismo

Mas se engana quem pensa que ela para por aí. A disciplina de Adriana lhe trouxe outro desafio: atuar no gerenciamento da carreira e imagem de grandes atletas, como do canoísta Isaquias Queiroz. Atualmente é gestora do projeto Time Petrobras, que prepara para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2021, a ex-atleta identifica as vantagens de ter alguém que viveu o mundo dos esportes cuidando de carreiras. "Trabalhar com esporte não é simples. Você lida diariamente com os sonhos, emoções, vitórias, derrotas, frustrações, limites e superações das mais diferentes personalidades que te exigem e te ensinam todo o tempo. Acredito que saber identificar e atender as necessidades e interesses de todos envolvidos e conduzir projetos para o sucesso são os meus pontos fortes", argumenta.

Disciplina no isolamento

Confinada como boa parte da população durante a pandemia, Adriana revela que sentiu ansiedade, mas conseguiu se organizar e criar uma nova rotina. "Combinei comigo mesma que iria pensar em um dia de cada vez. Nada de ficar planejando a médio e longo prazo. A quantidade de tarefas domésticas me ajudou muito a não pensar muito no amanhã e também me deixava "mortar" de cansaço", explica a ex-atleta, que vê no histórico de carreira uma forma de lidar com situações de crise.

"No esporte de alto rendimento, a gente treina a capacidade de adaptação constantemente. Seja dentro de um jogo, em que o adversário te surpreende com alguma estratégia nova e rapidamente você tem que se adaptar. O esporte nos obriga, o tempo todo, a superar nossos limites, a sair da zona de conforto e, de certa forma, isso tem relação com a capacidade de se adaptar", defende.

 

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