Brinquedos sexuais muito potentes não devem ser usados com uma frequência tão alta - Divulgação
Brinquedos sexuais muito potentes não devem ser usados com uma frequência tão altaDivulgação
Por Mariana Mazzoni, do IG - Delas
Há alguns meses o satisfyer, um tipo de sex toy que suga o clitóris e tem vários níveis de intensidade na sucção, fez a cabeça de muitas mulheres com a promessa de fazê-las atingirem o orgasmo em menos de dois minutos. As redes sociais foram tomadas por relatos de mulheres que compraram o brinquedinho e tiverem um resultado incrível.

Por conta de todos esses relatos e "reviews" positivas do produto, a professora de inglês Jéssica*, de 22 anos, decidiu investir seu dinheiro no seu primeiro sex toy, um satisfyer. "Quando o aparelho chegou e eu testei, eu gostei bastante, tive um resultado bem surpreendente", conta a professora.

Jéssica se deu tão bem com seu brinquedo que passou a ter um momentinho com ele diariamente, algumas vezes mais de uma vez por dia. "Até que eu fiquei meio viciada e eu comecei a usar mais, até três vezes ao dia, sempre que eu não tinha o que fazer, usava", relata.

Depois de mais de um mês de pura felicidade e prazer com o seu novo companheiro, a jovem começou a perceber que a relação já não era mais a mesma do começo. Começou a sentir que a potência do aparelho não a satisfazia como antes. Ela chegou a cogitar ser questões suas, seus hormônios ou uma fase. Então parou de tomar seu anticoncepcional e decidiu deixar o sex toy um pouco de lado.

"Mas mesmo depois de três meses sem o remédio continuava igual. Daí comecei a pensar se não era a bateria que estava mais fraca... Até que fui conversar com outras pessoas e descobri que a culpa poderia ser da frequência com que eu estava usando, mesmo", diz.

Quebrei o meu clitóris?

Com essa descoberta, a professora decidiu esquecer o satisfyer por um tempo e investir em outras formas de prazer e voltar a se estimular com os próprios dedos. "Aí eu percebei que o problema não era eu, porque eu ainda sentia prazer, só tinha esse problema com o aparelho".

Felizmente não foi nada definitivo. Depois de um mês sem utilizá-lo, Jéssica testou ele novamente e relata que sentiu o prazer que sentia no início. "Depois de entender que é natural que o corpo se acostume com um estímulo tão intenso e acabe dessensibilizando, vou usar o vibrador com menos frequência e continuar buscando outros tipos de estímulo", conclui.

*foi usado um nome falso para proteger a identidade da entrevistada.