Natália Lara narra jogos da Copa do Mundo do Catar no SporTVDivulgação

Rio - Quem está acompanhando a transmissão da Copa do Mundo do Catar já deve ter reparado na forte presença feminina, seja comentando ou até mesmo narrando as partidas masculinas, nos canais do grupo Globo. O mundial entra para a história da televisão brasileira como o primeiro a dar tanto destaque para as mulheres. Renata Silveira, Renata Mendonça, Ana Thaís Matos e Natália Lara estão dando um verdadeiro show na cobertura do evento. 
Aos 28 anos, Natália Lara é a primeira mulher a comandar uma transmissão de Copa do Mundo no SporTV. A jornalista conta que trabalhou muito para essa conquista, mas admite que não esperava que ela acontecesse tão cedo. "Quando a gente fala sobre isso de ser muito jovem, primeiro de tudo eu não esperava que eu chegasse a uma Copa tão cedo. É claro que sempre foi a minha meta, sempre foi o meu grande sonho, todo mundo que trabalha com esporte, com futebol, tem o sonho de chegar até uma Copa. Eu trabalhei minha carreira inteira, que é relativamente curta, em busca desse momento. Comecei minha carreira estudando para uma Copa do Mundo, agora chego alguns anos depois para narrar o mundial", relembra. 
Natália comemora o reconhecimento e o apoio das pessoas que acreditaram em seu potencial. "Eu sinto que é muito reconhecimento mesmo pelo trabalho, pela dedicação e pelo sonho que eu acreditei lá no começo. Quando não tínhamos mulheres dentro da área, narrando, e quando eu escutei de algumas pessoas que falaram que eu poderia fazer a diferença, eu acreditei no meu potencial, acreditei que a gente poderia fazer essa história e também no momento das mulheres em si, que é muito importante", analisa. 
Para a jornalista, as mulheres estão conseguindo chegar cada vez mais a lugares onde suas vozes não eram levadas em consideração. “O crescimento do movimento das mulheres em todas as frentes, do movimento feminista em si, fez com que a gente tivesse o crescimento das mulheres atuando em diversas áreas. Eu acho que o esporte, o futebol veio junto com isso”, inicia.
“Então, assim, eu posso dizer que me sinto pronta para representar tantas mulheres que lutaram por tantos e tantos anos para que a gente pudesse chegar… Mulheres que muitas vezes quiseram ouvir as suas vozes ali na televisão, numa transmissão de futebol, numa transmissão de vôlei, basquete, vários outros esportes que também tenho muito orgulho de poder falar que também já narrei. Mas acho que finalmente podermos falar que temos mulheres narrando a Copa é um momento maravilhoso. É uma grande motivação saber que a gente faz a diferença pra alguma menina que esteja aí assistindo”, completa.
Além das comentaristas e narradoras, a Globo também tem na cobertura da Copa do Mundo outras profissionais do sexo feminino fazendo seu nome na história do mundial, como as repórteres Débora Gares, Júlia Guimarães, Gabriela Ribeiro, Karine Alves e Carol Barcellos, que estão trabalhando direto do Catar.