Síndrome de burnout atinge um em cada cinco brasileirosReprodução
Burnout é um termo inglês que quer dizer mais ou menos o seguinte: queimar por inteiro. É como se uma vela queimasse por inteiro e não tivesse mais luz. É uma doença psiquiátrica que está ligada ao trabalho. A pessoa apresenta sinais de adoecimento do corpo e da mente. Nos sinais da mente, o indivíduo começa a ficar abatido, desanimado, irritado, sem vontade de ir ao trabalho. Chega no trabalho e não quer ficar. Não cumpre as tarefas. Também tem insônia, não quer se relacionar. Parece com um quadro depressivo. Do ponto de vista físico, o que a gente percebe nessas pessoas é que elas começam com dores inespecíficas, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas... Começam a achar que estão doentes do estômago. Consultam muitos médicos. O burnout é uma doença ligada ao trabalho e que tem sintomas de origem psicológica, mental e física. Pode se confundir com depressão ou com crises de ansiedade, mas seguramente está ligada ao trabalho. Então, como identificar? Conversando com as pessoas. Se um colaborador vai para o trabalho e não está bem, o chefe deve conversar e entender.
Se abrindo. Falando que não está se sentindo bem. O chefe chamando o funcionário para conversar. Se a pessoa não gosta do seu trabalho, precisa se dar conta que, se seguir lá, vai ficar doente e talvez a melhor solução seria procurar uma alternativa, investir em outra profissão, se reinventar. Isso, se possível.
Não existe um remédio específico. Mas trazer abordagens de psicoterapia e se for possível, fazer uma terapia dentro do ambiente trabalho. Se for possível, a chefia ou coordenador deve trocar a função da pessoa. Eventualmente, trocar o turno para mudar o grupo de pessoas com quem ela se relaciona. Quando a opção é utilizar a medicação, existem dois tipos: antidepressivos, que também servem para a ansiedade, ou os ansiolíticos, usados quando a pessoa possui uma ansiedade forte. Esses devem ser usados eventualmente, pois causam vício. Mas o melhor tratamento é quase sempre conversar e buscar um caminho junto com o funcionário. Importante destacar como o diagnóstico em psiquiatria surge através da terapia e da conversa com o paciente para entender o que está acontecendo. A pessoa poderá explicar o quanto o trabalho é ruim, o quanto a chefia é ruim, o quanto a liderança é ruim. Mas sem dúvida é um diagnóstico difícil. É fundamental que a pessoa doente tenha lideranças para ouvi-la e pensar em mudanças. Se a pessoa não conseguir superar isso, provavelmente terá que mudar de trabalho ou até sair dessa atividade.
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