TDAH: especialista explica sobre o transtorno e a importância do diagnóstico ainda na infânciaReprodução

Olá, meninas!
Uma criança que está sempre desatenta ou aquela que não fica quieta nunca, super hiperativa. Essas características podem ser comuns aos pequenos, não é mesmo? Mas em alguns casos, quando esses sintomas atrapalham o desenvolvimento, pode ser um problema que requer muita atenção dos pais – o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Esse é um transtorno neurobiológico, que pode ser resultado de vários sintomas como desatenção, hiperatividade e impulsividade.
Normalmente o problema aparece ainda na infância e, na maioria dos casos, acompanha a pessoa pela vida toda. O diagnóstico rápido e o tratamento multidisciplinar são fundamentais para a qualidade de vida dessas crianças e jovens. E para ajudar os pais com esse tema, conversamos com o psiquiatra Ervin Cotrik, que explicou os sinais de alerta e quando a família deve procurar apoio de um médico. Confiram!
Com quantos anos podemos fazer o diagnóstico de TDAH?
O diagnóstico pode ser feito em idades precoces, mas o recomendado é que ele seja feito a partir dos 6 ou 7 anos, porque crianças menores podem ter níveis muito variáveis de desatenção e inquietude, que não permitem distinguir se é típico para a idade de quem tem ou não TDAH.

Preciso de exames para o diagnóstico no TDAH?
Não existem exames complementares para fazer o diagnóstico. Com muita frequência, entretanto, é solicitado o exame neuropsicológico para ter uma visão mais aprofundada das dificuldades atencionais e também investigar outros problemas que frequentemente acompanham o TDAH, como por exemplo, dificuldades na leitura.

O transtorno tem cura?
O TDAH pode remitir (desaparecer) mesmo sem tratamento em um número significativo de casos, em até 40%. Mas pode persistir em graus menores, com menos sintomas e na vida adulta com todos os sintomas.

Os sintomas nas crianças são diferentes dos adultos?
Os adultos tendem a ter menos hiperatividade, embora a desatenção possa ser igual ou até maior por conta da maior demanda. Em crianças, ocorre tanto hiperatividade como desatenção. Em adultos, a hiperatividade tende a melhorar, embora ainda sejam pessoas inquietas, mas não hiperativas.

Gostaram das dicas? Para saber mais sobre o assunto é só acompanhar a entrevista com o Dr. Ervin no meu programa “Vem Com a Gente”, na TV Band, a partir das 13h30. Espero vocês! Clique aqui.