Psiquiatra ensina como iniciar o ano com a saúde mental em diaReprodução

Olá, meninas!
Segundo a Organização Mundial de Saúde, no mundo inteiro mais de 300 milhões de pessoas sofrem com depressão. Todo mundo conhece alguém que já passou pelo problema. São muitos casos de pessoas próximas, como família e amigos. Mas e você, sabe como identificar a depressão? Para saber mais, conversamos com o psiquiatra Ervin Cotrik, que explica quando é preciso ligar o sinal de alerta e procurar ajuda. Confiram!
Quais são os sintomas da depressão?
Ao longo de duas ou mais semanas, o paciente passa a apresentar, um conjunto de sinais e sintomas importantes e que geram sofrimento e prejuízo funcional, em suas atividades do dia a dia.
Ele passa a ficar triste sem um motivo aparente, vai perdendo o prazer na vida, pode ter alterações no apetite, sono, ficar inquieto, com falta de energia, dificuldade na concentração, isolado dos amigos e com pensamentos negativos sobre si e sobre o mundo. Mas somente um médico pode confirmar ou descartar o diagnóstico.
Quais os principais fatores de risco para ter o problema?
Os principais fatores de risco para desenvolvimento de episódios depressivos incluem:
- História prévia de episódio depressivo, maus-tratos e negligência na infância;
- História familiar (fator genético);
- História de outro transtorno mental;
- Condição médica crônica (especialmente doença cardiovascular, diabetes e doenças neurológicas);
- Mudanças hormonais (menopausa, por exemplo);
- Luto;
- Desemprego;
- Baixo suporte psicossocial;
- Violência doméstica.
Quais são os sinais de alerta?
Mais de 90% de todas as pessoas que morreram por suicídio ou que fazem tentativas de suicídio foram diagnosticadas com algum transtorno mental. Transtornos depressivos respondem, infelizmente, pela maioria dos casos.
Dentre os sinais de gravidade e de alerta, a ciência destaca: o comportamento impulsivo, atos violentos, tentativas anteriores, falta de suporte social, uso de álcool, drogas e história de hospitalização psiquiátrica anterior, entre outros.
No fim de ano, fim de um ciclo, as pessoas tendem a ficar mais depressivas?
Não existe uma relação científica com o aumento de número de casos. Muitas vezes, datas importantes, tendem a trazer lembranças negativas e com isso aumentar sentimentos de tristeza e saudosismo (não a depressão em si).
Quais os tratamentos?
Depende de alguns fatores como por exemplo a gravidade e a intensidade dos sintomas. Em geral os tratamentos são antidepressivos, psicoterapia e atividade física regular. Em casos leves existe a possibilidade de tratamento com medidas não-farmacológicas, sem a necessidade de medicação.
O que é possível fazer para começar o ano com a saúde mental em dia?
Buscar hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos regulares, estabelecimento de uma rotina saudável de sono, meditação e outras técnicas de relaxamento. Caso você se identifique com os sintomas de depressão descritos no texto não deixe de buscar ajuda com um psiquiatra ou psicólogo. Tem tratamento!
Gostaram das dicas? Para saber mais sobre o assunto é só acompanhar a entrevista com o Dr. Ervin no meu programa “Vem Com a Gente”, na TV Band, a partir das 13h30. Espero vocês! Clique aqui.